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Maneco apresenta ‘Páginas da Vida’
Por Ana Carolina Rodrigues
Enviada ao Rio
29/06/2006 | 08:39
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Cerca de 100 jornalistas e fotógrafos compareceram quarta-feira pela manhã a entrevista coletiva de Páginas da Vida, nova trama das oito da Globo que estréia no próximo dia 10 de julho. Realizada nos estúdios do Projac, no Rio, o encontro foi movimentado. Tamanha badalação tem explicação: além da novela ter a assinatura de Manoel Carlos, o mais festejado autor brasileiro, o folhetim conta com um elenco e tanto.

Sob a direção de Jayme Monjardim estão importantes nomes da casa, entre eles Edson Celulari, José Mayer, Ana Paula Arósio, Glória Menezes, Tarcísio Meira e, como não poderia faltar, Regina Duarte.

E pode preparar o lenço que Páginas da Vida será mais uma daquelas histórias que envolverá o brasileiro nos dramas sem fim vividos por Helena, interpretada por Regina Duarte (que aliás já encarnou duas Helenas de Maneco em História de Amor e Por Amor).

“Estamos muito empenhados e motivados. Esperamos fazer uma novela nos moldes das minhas histórias. Retratando as relações familiares, situações cotidianas e acentuadamente a vida doméstica. Será mais ou menos o que sempre faço. Não há nenhuma grande novidade. São os conflitos que me interessam”, afirmou Manoel.

Sobre a Helena da nova trama, o autor disse que não há grandes diferenças das outras vividas por Regina Duarte. É uma mulher que procura ser equilibrada, mas luta contra uma tendência muito grande de se apaixonar além da conta. Por um homem, por um filho, por um amigo, por um trabalho. Como todas as outras Helenas, ela mente, trai, é traída, trapaceia, sofre e ri. Enfim, um ser comum, normal.

O marketing social de Páginas da Vida trará para a telinha a síndrome de Down e essa discussão terá muita importância segundo o autor. “Esse é a espinha dorsal da novela. Dela sairão todas as histórias”, afirmou Maneco.

Páginas da Vida também terá um personagem soropositivo, para que, a partir de sua história, seja mostrada a situação da aids no Brasil. E por meio da personagem de uma jovem bailarina clássica abordará ainda a bulimia.

Até agora com 18 capítulos escritos e 12 gravados, a trama deve permanecer no ar por pelo menos oito meses. Durante a coletiva, um videoclipe deu algumas pistas do que o telespectador pode esperar da história. Na primeira cena há crianças cantando a música Cidade Maravilhosa embaixo dos braços do Cristo Redentor, logo em seguida o helicóptero surge e já focaliza os morros cariocas e termina mostrando um arrastão numa das praias da cidade. Além de violência urbana, brigas, discussões e outros envolvimentos também garantem momentos de muita emoção. Embora o público já esteja bem acostumado ao estilo do autor, não há uma história fechada. “É uma obra criada ao sabor dos acontecimentos”, afirmou.

Para a trilha de abertura Maneco escolheu Wave, de Tom Jobim, executada por ele mesmo ao piano, sem ninguém cantando. Apenas o Tom, o genial Tom. “Com isso vamos prestar uma homenagem a ele que, em janeiro próximo, estaria fazendo 80 anos”, disse. (A repórter viajou a convite da Rede Globo.)




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