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Região ‘abandona’ R$ 3 bi em ações da CTBC/Telesp
Hugo Cilo
Do Diário do Grande ABC
11/11/2007 | 07:10
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Cerca de R$ 3 bilhões estão esquecidos na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) por ex-proprietários de linhas de telefones da antiga CTBC (Companhia Telefônica da Borda do Campo) – empresa de telefonia responsável pelas sete cidades entre 1954 e 1998, quando houve processo de privatização do setor.

O cálculo é da Adpcon (Associação de Defesa e Proteção do Consumidor do Grande ABC). A entidade afirma que a maioria dos acionistas da região desconhece a existência desse dinheiro – chamado de Ações de Plano de Expansão da Telesp –, que está em valorização no mercado acionário há quase uma década.

“Muitas pessoas que mantinham linhas naquela época já morreram, e a família não sabe como sacar o dinheiro. Outras, por falta de orientação, sequer sabem que têm direito a usufruir desse investimento”, explica o diretor-executivo da Adpcon, Marcos Marcondes. Ele estima que existam cerca de 500 mil cotas da região, ao considerar o atual preço das ações da Telesp, de R$ 50,50 (código TLPP4, na Bovespa).

O bilionário investimento em linhas telefônicas não é exclusividade do Grande ABC. No Estado, a Adpcon estima que cerca de R$ 5 bilhões estejam na mesma situação – em ações da Telesp, CTBC e Ceterp (Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto).

“A Telefônica, empresa que adquiriu a Telesp Participações S.A, não tem como informar a todos os antigos proprietários sobre a existências das ações”, completa Marcondes.

Para transformar as cotas em dinheiro é simples, segundo a Adpcon. Basta apresentar documentos pessoais do titular da antiga linha. A própria Telefônica orienta os acionistas, passo-a-passo, por meio do site da empresa.

“Primeiramente, é preciso indentificar se o investimento está realmente na Telesp. Afinal, na privatização a Telebrás foi desmebrada em 12 companhias”, explica o assessor jurídico da Adpcon, Marcos Antonio dos Santos.

Na época em que a Telesp passou do controle estatal para mãos da companhia espanhola Telefónica (na Espanha é grafado com acento agudo), a empresa comunicou a possibilidade em reverter ações em dinheiro. No entanto, nem todos aderiram. Antes, para obter uma linha, era preciso adquirir ações da Telesp ou comprar no mercado paralelo.




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