Ex-prefeito pede unidade no PT em torno de seu nome: ‘É momento da velha guarda’
Ex-prefeito de Rio Grande da Serra (1999-2004), Ramon Velásquez (PT) avisou que tem pretensões de disputar eleição para o Executivo no ano que vem. Porém, condicionou o projeto à unidade partidária ao redor de seu nome.
Atualmente, além de Velásquez, Erick de Paula, ex-presidente do petismo local, busca ser prefeiturável.
Conforme Velásquez, a busca por unidade partidária seria “primordial” para não expor ainda mais o desgaste político envolvendo o PT nos últimos anos. Para o ex-prefeito, o debate deve ser democrático, mas sem que haja qualquer tipo de disputa interna.
“Estou à disposição do partido e sempre estive. Hoje o partido também trabalha o nome de Erick de Paula, um jovem quadro do partido. Nada contra ele ser jovem, mas o momento é propício para a velha guarda do PT”, afirmou o ex-prefeito, que por pouco não deixou o PT – recebeu convite do PCdoB –, porém, decidiu permanecer.
Velásquez assumiu o Executivo de Rio Grande pela primeira vez em 1999, quando eleição suplementar foi realizada após morte por infarto do então prefeito Cido Franco, em 1997, e do assassinato do vice-prefeito José Carlos Arruda, em 1998. Em 2000, Velásquez venceu o pleito e foi reeleito, governando a cidade até 2004. Em 2008, o PT deixou o comando da cidade, quando o Adler Kiko Teixeira (então no PSDB, atual PSB e prefeito de Ribeirão Pires) venceu a eleição.
Sobre o governo do prefeito Gabriel Maranhão (Cidadania), que lutará para emplacar sucessor, o ex-prefeito petista afirma que o chefe do Executivo tem realizado bom trabalho na questão de obras na cidade. “Ele tem trabalhado muito, tem acertado em realizar e iniciar alguma obras na cidade. Neste sentido, ele está de parabéns”, disse. “Nas relações políticas é que ele é um verdadeiro desastre”, prosseguiu.
Na visão de Velásquez, a gestão de Maranhão não tem qualquer apelo participativo e o atual prefeito toma as decisões dentro do gabinete, sem escutar os moradores. “Quando você utiliza a máquina pública para fazer política é complicado. O modo de se fazer política é medíocre”, alegou.
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