O mercado de títulos de capitalização apresentou expansão de 16,3% no primeiro quadrimestre de 2007 em relação aos mesmos meses do ano passado, alcançando faturamento de R$ 2,4 bilhões no período. Em abril deste ano, as reservas do segmento já somavam R$ 11,4 bilhões, volume 6,8% superior ao de 2006. A receita mensal alcançada pelo setor foi de R$ 636 milhões.

O incremento no volume de reservas revela que os brasileiros estão ficando com os títulos por mais tempo do que no passado. “Os números do quadrimestre são relevantes e mostram que o brasileiro está interessado em guardar parte de seus rendimentos. Assim, a capitalização cumpre o seu papel disciplinador em relação ao hábito de poupar, ao mesmo tempo em que propicia a organização das finanças pessoais e o planejamento futuro de como o total resgatado no final do plano será utilizado”, diz Neival Rodrigues Freitas, diretor de capitalização da Fenacap (Federação Nacional das Empresas de Capitalização).

Como funciona - Os títulos de capitalização funcionam como uma alternativa para quem quer economizar. Ao comprar um título, a pessoa se compromete a não mexer na aplicação durante o tempo de carência. O rendimento é semelhante ao da poupança, com uma exceção: quando o prazo acaba, o cliente recebe o valor investido mais a TR. No caso da poupança, o correntista recebe também os juros acumulados no período.

O benefício do produto é a variedade de sorteios e prêmios que ocorrem durante o tempo de carência. Treze instituições no Brasil oferecem os títulos. Os bancos possuem produtos que custam de R$ 7 a R$ 10 mil e os títulos podem ser pagos com débito automático. O título de capitalização mais conhecido no País é a Telesena.

Perfil - Os paulistas são os que mais poupam e torcem com os títulos: 38% de fatia do mercado. O Estado de São Paulo é líder no ranking nacional com faturamento de R$ 913 milhões, no primeiro quadrimestre de 2007. Em segundo está o Rio de Janeiro, com 10,9% dos clientes e R$ 261 milhões de receita.

Minas Gerais é o terceiro no ranking, com 9,3% dos poupadores, responsáveis por R$ 224 milhões do faturamento do setor.