Pelo terceiro ano consecutivo, a maior parte dos bebês que nasceram no Grande ABC foi registrada com o nome Miguel. Seguindo tendência nacional, até o dia 18 de dezembro, os cartórios localizados entre as sete cidades contabilizaram 580 meninos com a nomenclatura. Entre as meninas, Alice – mais usado no País em 2017 – foi a preferência deste ano nas sete cidades, com 481 registros.

O cenário repete anos anteriores, já que Miguel também havia sido o nome preferido pelos pais em 2017 (776 registros) e em 2016 1.035. Somando os três últimos anos, nasceram 2.391 Migueis na região.

O levantamento foi feito em 12 cartórios do Grande ABC pela Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo). De acordo com os dados divulgados na última semana, Arthur aparece em terceiro lugar no ranking de registros, com 474 bebês. O nome é seguido por Heitor (396), Lorena (382), Bernardo (380), Lorenzo (315), Helena (300), Valentina (297) e Laura (292).

O pequeno Miguel Esperancin, 9 meses, está entre os registrados do ano. Nascido no dia 3 de março, a escolha de seu nome foi homenagem ao avô materno. A mãe, Sheila Daniela Miguel, 37, diz que decidiu por conta do sobrenome da família. “Amo meu sobrenome. Então a escolha de Miguel foi também para não perder meu sobrenome e deixar em destaque”. Apesar da preocupação da mãe, não existe sequência específica para formação do sobrenome.

Sheila conta que, em 2016, perdeu um bebê com oito semanas de gestação. “Fiquei muito triste porque era doida para engravidar. Meu mundo caiu quando perdi meu filho. Depois, em 2017, na mesma época e no mesmo mês engravidei do Miguel, meu bebê arco-íris.”

O nome campeão é de origem hebraica e citado cinco vezes na Bíblia como arcanjo. O significado é tido como “símbolo de humildade diante de Deus”.

NO PAÍS
O levantamento deste ano reuniu dados dos quase 14 mil cartórios de registro civil do País, que formaram base com solicitações realizadas até o dia 18 de dezembro. O acervo está disponível para consulta para toda a sociedade por meio do Portal da Transparência (www.registrocivil.org.br).

Nos rankings regionais surgem variações à lista nacional, como a presença de nomes como João Miguel – um dos que mais cresceram em 2018 – no Norte, Nordeste e Centro-Oeste; Heitor, no Centro-Oeste; Maria Clara e Maria Cecília, também no Nordeste; e Helena na região Sul.

Por sua vez Miguel, com 4.718 registros, e Arthur, com 4.312, foram os nomes mais escolhidos pelos pais no momento do registro de nascimento de seus filhos no Estado de São Paulo em 2018. Em todo o País, contabilizam 17.699 Migueis. Já entre as meninas, 15.760 Marias Eduarda nasceram no Brasil.