Depois de sofrer nos bares de S.Caetano, torcedor não deixa placar estragar início do fim de semana
O torcedor tirou a camisa do armário, levou buzinas, apitos e fechou parte da Avenida Goiás, em São Caetano. Mas De Bruyne, Lukaku e Hazard colocaram água no choppe. O apito final e a consolidação da derrota por 2 a 1 provocaram silêncio, rapidamente interrompido por pagode que vinha de um dos bares que transmitiram o confronto. A sensação era de que o brasileiro ficou triste, mas nada que pudesse estragar o fim de semana com feriado prolongado.
No bar se via de tudo. Tinha o torcedor fanático, aquele que sofre, tinha o que xinga, o que opina e o que vai só para curtir e quase não olha para o telão. Entre gritos de incentivos, o que mais se ouvia era “temos de ganhar para eu não ter de trabalhar na terça-feira”, projetando o jogo da semifinal.
Os dois gols belgas, ainda no primeiro tempo, causaram certa incredulidade em quem não está muito habituado a perder, Mas ainda havia quem mantinha a esperança. “Confio no Neymar. Vamos virar”, dizia Tatiana Cruz, 27 anos, que viu todos os jogos da Seleção em bares. “Acho bem mais emocionante ver assim, com a galera.”
O gol de Renato Augusto, no segundo tempo, transformou a rua em arquibancada, mas foi pouco. No fim, alguns não escondiam a tristeza pelo revés.
Um dos contrariados era o ambulante Carlos Eduardo. Mas ele tinha outras razões. Tinha faturado R$ 200 até o apito final e a expectativa era chegar a R$ 1.000. “Se o Brasil tivesse ganhado minha cerveja iria toda embora. Triste em dobro.”
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