Setecidades Titulo Ensino Superior
Promotoria aceita plano de recuperação da Fundação Sto.André

Em nota, MP informa que vai acompanhar as medidas destinadas a superar crise financeira

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
04/07/2018 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


 A promotora de Fundações de Santo André, Ana Carolina Fuliaro Bittencourt, aceitou o Programa de Gestão Estratégica, que inclui plano de reestruturação econômico-financeira, apresentado pela FSA (Fundação Santo André) ao MP (Ministério Público), no dia 8 de junho. A nota enviada à imprensa pela assessoria do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo não dá detalhes sobre a decisão da promotora. Informou apenas que não há, no momento, possibilidade de abertura de processo para intervenção ou fechamento da instituição, e que vai acompanhar de perto a aplicação das propostas quanto ao cumprimento das metas e resultados.

Questionada por meio da assessoria de imprensa, a instituição de Ensino Superior não comentou a decisão, mas, em nota, informou que em dois meses de gestão da nova reitoria houve “resultados de equilíbrio nas finanças e investimentos em projetos de revitalização, que abrangem tanto os recursos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão quanto os de infraestrutura do campus.”

Em coletiva de imprensa, há 22 dias, a FSA apresentou algumas medidas previstas. De modo geral, o plano prevê corte de funcionários, redução salarial e também da carga horária, destituição de professores em RTI (Regime de Tempo Integral) e criação de modelo de trabalho em período parcial.

O Diário obteve informações de que 12 funcionários administrativos e 13 professores – todos com mais de 25 anos de casa – seriam demitidos ainda no primeiro semestre. Naquela oportunidade, a reitoria não adiantou o número exato de cortes previstos, tendo em vista que entrou em acordo de demissão consensual com colaboradores. No entanto, um ex-empregado que prefere não se identificar, demitido há poucos dias, disse à equipe de reportagem que “a lista existe e está sendo executada”. Além disso, afirma que não há a chamada demissão consensual, já que a reitoria “tem feito muita pressão para que o funcionário assine a demissão”.

 

PENTE-FINO

Questionada sobre o andamento da investigação sobre o número de funcionários que não teriam prestado concurso público, a administração da FSA não retornou até o fechamento desta edição. A comissão tem mais um mês para analisar 170 contratos restantes.

Embora o novo reitor, o professor Francisco José Santos Milreu, tenha admitido ao Diário que seu ingresso na instituição, em 1989, se deu sem seleção pública, o nome dele não apareceu no primeiro resultado do pente-fino apresentado à reitoria. A equipe do Diário entrou com pedido de comprovação documental via Lei de Acesso à Informação (12.527/2011), mas ainda não obteve resposta.  




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