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O Brasil e a Rodada Doha

A decisão do governo federal de aumentar temporariamente o Imposto de Importação de 100 itens que têm similares produzidos no Brasil...

Por Dgabc
08/11/2012 | 00:00
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Artigo

O Brasil e a Rodada Doha

A decisão do governo federal de aumentar temporariamente o Imposto de Importação de 100 itens que têm similares produzidos no Brasil deixou explícito que o País cansou de esperar bons resultados da Rodada Doha da OMC (Organização Mundial de Comércio). O Brasil quis deixar claro aos seus parceiros que esperou até o limite de suas forças pela conclusão da rodada, sob pena de que, se continuasse a aguardar definição, poderia ver seu futuro comprometido.

De fato, para continuar a esperar por resultados da Rodada Doha, o País teria de se abster de agravar a proteção dada a alguns produtos específicos como ainda teria de admitir reduções nas tarifas de determinados manufaturados. Isso seria possível - com a contrapartida das outras nações participantes das negociações - se o mundo vivesse outra época.

Como nos últimos anos não fez maiores esforços para assinar tratados de livre comércio, parece que, a partir de agora, o País não tem mais interesse em negociações para acordos comerciais multilaterais ou de qualquer outro tipo. E vai ficar restrito ao Mercosul que, por seu lado, deixou claro que não fazia nenhuma objeção à lista brasileira.

Como o aumento das alíquotas tem validade por um ano, prorrogável até 31 de dezembro de 2014, o governo sinaliza que, dependendo do encaminhamento da crise global, poderá voltar atrás. Trata-se, portanto, de mais uma medida com o objetivo de ganhar maior margem de manobra para lidar com a crise econômica. Tudo isso tem se dado porque as dificuldades enfrentadas pela Europa vêm provocando acirramento na disputa por mercados, o que torna imprescindível aumento da competitividade do produto nacional. Acontece, porém, que o País tem um ponto fraco: a baixa participação dos produtos de alto conteúdo tecnológico nas exportações, ao redor de 10%.

Como aumentar a competitividade do manufaturado nacional? Aumentar o protecionismo não vai adiantar muito, ainda que dentro dos limites impostos pela OMC. A saída está em reduzir os encargos tributários que incidem sobre o investimento destinado a abrir outras linhas de produção, especialmente para a fabricação de produtos de alto conteúdo tecnológico. E esse caminho passa pelo aumento das importações, pois o País não dispõe de equipamentos que permitam ampla modernização do seu parque industrial.

Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional, na Capital.

Palavra do Leitor

Lauro Gomes

Está ocorrendo ocupação irregular das calçadas da Avenida Lauro Gomes, na Vila Palmares, em Santo André, por desocupados. Estão degradando lentamente os jardins, queimando-os. Há também despejo de entulho irregularmente no local. Por favor, Prefeitura, tome providências urgentes.

Fabrício Farias, Santo André

Declínio?

Já não bastam os problemas da falta de materiais na Prefeitura de São Caetano e, ainda, na quinta-feira, véspera de feriado de Finados, em plena reunião da transição do governo atual para o novo, foi cortado o sinal de telefone e internet por falta de pagamentos! Já não bastam os três meses de atraso no pagamento dessas contas, totalizando o R$ 1,5 milhão? O vereador Jorge Martins Salgado irá entrar com representação sobre esse problema e que pode acarretar início de improbilidade administrativa. Onde já se viu? A que ponto chegamos! Em uma cidade com alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e considerada de primeiro mundo!

Fernando Zucatelli, São Caetano

Troca-troca

Para resolver o problema do recrudescimento da violência em São Paulo, o governo federal propõe ocupação da favela de Paraisópolis aos moldes do que foi feito no Complexo do Alemão, no Rio. Agora sabemos que fugitivos criminosos desse complexo vieram se refugiar em Heliópolis, onde o PCC vive. É isso, então? Ocupa-se um território com unidades pacificadoras, não fazem o devido enfrentamento aos bandidos, eles fogem para outro lugar ao abrigo de facções de igual porte, e, pronto, está resolvido o problema da violência? É esse o modelo que o governo federal nos oferece como solução? Para onde irá o grupo criminoso de Paraisópolis quando da ocupação proposta? Qual será o Estado escolhido pelos bandidos? Do Rio fugiram para São Paulo. De São Paulo, fugirão para onde? Para o Rio não dá, não é? As favelas estão ‘pacificadas'! A verdade é que ou se enfrentam os bandidos, como o secretário de Segurança do Rio não fez, ou eles farão troca-troca entre Estados. Isso se chama deslocamento do problema, não solução.

Myrian Macedo, São Paulo

Adriano

Será que foi o Adriano que desistiu do futebol em 2012, ou foi o futebol que desistiu do Adriano, não apenas em 2012, mas provavelmente para sempre, cansado de ver tanto desatino numa só pessoa, que recebeu um dom especial, mas que insiste em desperdiçá-lo?

Ronaldo Gomes Ferraz, Rio de Janeiro

Violência!

Todos os dias quando acordamos, levantamos com a expectativa de que tudo está em paz. Mas infelizmente nos últimos dias as notícias não são de paz e sim de muita violência. Fico a me perguntar, cadê a PF (Polícia Federal), a polícia inteligente do nosso Estado? Pois, na verdade, esses marginais que vão lá e acabam com a vida de crianças, jovens e adultos, geralmente parentes de policiais, são viciados, ‘peixes pequenos', como se diz por aí. Quero ver é prender os peixões, os verdadeiros mandantes que, com certeza, estão em suas coberturas, suas casas em condomínios. Quero ver isso acontecer. Porque só assim os peixinhos ficarão sem norte e sem saber o que fazer.

Rosângela Caris, Mauá 




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