O Sindserv (Sindicato dos Servidores de São Bernardo) rejeitou, em assembleia realizada ontem à noite, proposta da Prefeitura para reajuste salarial da categoria de 2% a partir de outubro. O presidente da entidade, José Rubem, afirmou que a sugestão do Paço era “muito ruim” e, como não houve acordo entre as partes, a saída encontrada é ir à Justiça. Ele descartou a instalação de greve.

“(Com essa proposta da Prefeitura) Tem servidor que teria apenas R$ 40 (de reajuste nos salários). Então foi rejeitada (a proposta), até porque a gente optou por judicializar (a discussão salarial), já que o prefeito (Orlando Morando, PSDB) falou que seria a última proposta dele”, disse Rubem.

Segundo Rubem, o pedido à Justiça será obter pelo menos a reposição da inflação. Ele voltou a reclamar do fato de uma sugestão concreta não ter chegado à categoria em março, na data base dos servidores. “É um caminho que a gente não queria (seguir). Faltou boa vontade do prefeito.”

Após o resultado da assembleia, pela rejeição do reajuste de 2%, o sindicato ainda tenta pleitear outras pautas, como o reajuste no vale-refeição e no vale-transporte dos servidores públicos, além de manter o abono de Natal, que, de acordo com o presidente do sindicato, deverá ser retirado no fim do ano.

“O auxílio-transporte (pela proposta da administração) subiria de R$ 88 para R$ 100. Ninguém consegue passar um mês com isso. (Outra coisa) Se (o servidor) ganhar acima de R$ 2.000, não tem direito ao transporte. São Bernardo está atrasado (nesta questão de VT e VR)”, declarou Rubem.

O presidente também criticou a forma com que o diálogo está sendo estabelecido entre a Prefeitura e o Sindserv. “Hoje, não há discussão, não tem negociação, a proposta vem pronta (do Executivo) e é só isso.”

Antes, o governo chegou a oferecer reajuste de 5% nos salários dos servidores, o que foi rejeitado pela categoria.