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Juiz decreta prisão de dois acusados de lavagem de dinheiro
Artur Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
28/06/2007 | 07:03
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A Justiça de Santo André decretou no começo da semana a prisão de Gildásio Siqueira Santos e Reinaldo Macário de Lima. Ambos são acusados de pertencer à máfia que lava dinheiro do PCC (Primeiro Comando da Capital) por meio de postos de gasolina.

Apesar da prisão decretada, Gildásio, e seu ex-funcionário, Reinaldo Macário, o Boy, ainda não foram detidos pela polícia. Advogados dos indiciados tiveram acesso à decisão antes que a polícia conseguisse prendê-los, o que poderia facilitar uma possível fuga dos dois.

O juiz da 4ªVara, Celso Maziteli Neto, negou outros três pedidos de prisão feitos pelo Ministério Público. O Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado) pediu a prisão de Felipe Geremias, o Alemão, apontado pela polícia como liderança do PCC, e do advogado Umberto de Almeida Oliveira, acusado de ser articulador das questões jurídicas relativas aos estabelecimentos comerciais do grupo.

Também foi negada a prisão processual de Wilson Roberto Cuba, o Rabugento, tido como o líder do esquema. Ele já está preso e o requerimento em relação à detenção dele foi feito para que, caso terminasse de cumprir sua pena atual, não pudesse ser liberado.

O juiz Celso Maziteli Neto já havia negado pedido de prisão de 38 pessoas, feito no ano passado pela Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Santo André.

O esquema investigado pela polícia e promotoria envolve, só no Grande ABC, 44 postos de gasolina, 60 pessoas e movimenta R$ 500 mil por mês. A juíza Ida Inês Del Cid, de Mauá, foi afastada após a divulgação de ligações telefônicas entre ela e um dos indiciados, Sidnei Garcia.

Poucos dias antes de ter sua prisão decretada, Gildásio deu entrevista ao Diário. Ele, considerado um dos principais homens do esquema, acusado de ter estabelecimentos do PCC sob seu comando, se disse inocente e vítima de uma briga política.




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