Pou já manifestara essa impressao a respeito do peso argentino há algumas semanas, durante uma reuniao no Congresso, onde explicou aos parlamentares seu projeto de adoçao do dólar norte-americano como moeda no lugar do peso (atualmente em paridade um a um com o dólar desde 1991).
Em uma matéria publicada nesta quarta no jornal Clarín, o funcionário precisou que ``nao se conseguiu gerar uma total credibilidade' junto aos investidores externos de que a ``convertibilidade será mantida com o passar do tempo'. Por isso insistiu na necessidade de promove a dolarizaçao completa da moeda argentina, ``dentro de um acordo bilateral com os Estados Unidos'. O titular do BC disse que, diante desse diagnóstico, a Argentina ``enfrenta duas alternativas: continuar com a convertibilidade ou aprofundá-la, via dolarizaçao'.
Pou acrescentou que ``o custo de manter o esquema de convertibilidade é uma taxa de juros interna mais alta e mais volátil'. Segundo Pou, ``o benefício de ter uma política monetária independente está muito longe de compensar os custos que devem ser pagos para obtê-lo', e que, por isso, ``a alternativa é a dolarizaçao da economia', com a qual a Argentina ``tem muito a ganhar'.
Quanto à alegada inexistência do peso argentino, o funcionário explicou que o peso cumpre de forma ``limitada' a funçao de meio de câmbio e que ``nao é uma unidade de conta, nem de reserva de valor a médio e longo prazo' porque os contratos nesses prazos estao acertados em dólares.
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