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Brasil decepciona mais uma vez e fica no empate contra o Peru
Tatiana Freitas
Do Diário OnLine
26/04/2001 | 00:36
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O Brasil mais uma vez decepcionou e apenas empatou com o Peru, num magro placar de 1 a 1, na noite desta quarta-feira, no Morumbi. A esperança do bom futebol com uma “Seleção renovada”, entrosamento importado do Corinthians e corte de estrelas não foi confirmada e a vitória mais uma vez não veio.

No primeiro tempo, poucas chances de gol foram criadas, dos dois lados. O Peru começou a partida bastante fechado, não permitindo que a Seleção Brasileira chegasse com facilidade ao gol de Miranda. O meio-de-campo “pronto” de Leão (Ricardinho, Marcelinho e Vampeta) não funcionou. Foram poucos os momentos em que os corintianos se destacaram.

Aos 5 minutos, Ricardinho arrancou pela linha de fundo e provocou a primeira manifestação da torcida paulista, mas acabou perdendo a bola para a defesa peruana. Um minuto depois, Ewerthon recebeu do alto, dentro da área, e cabeceou nas mãos do goleiro adversário.

Além da evidente falta de entrosamento, os impedimentos não permitiram que chances reais fossem criadas. Por diversas vezes, Romário recebeu, mas não pôde continuar. Aos 24, Ewerthon também dominou dentro da área, mas, também em posição ilegal, teve a jogada paralisada.

Aos 29, Marcelinho sofreu falta na entrada da área. Ele mesmo bateu e deu trabalho para o goleiro Miranda, que espalmou. Também foi com Marcelinho que surgiu a melhor chance do primeiro tempo. Aos 40, Ewerthon fez boa jogada individual e deu um bom passe para o colega corintiano, que finalizou em cima do goleiro.

Ainda na primeira etapa, Marcelinho levantou na área para Leomar, que cabeceou, criando boa chance. O Peru, que até aqui aproveitava os contra-ataques, mas não chegava com perigo, fez o último lance desta etapa. Olivares, com um chute de longa distância, assustou o goleiro Rogério Ceni.

Insatisfeitos, torcida e treinador deixaram o primeiro tempo reclamando. Leão decidiu agir e tirou Marcelinho — criador das melhores chances no primeiro tempo — para a entrada de Juninho. Mas valeu a pena. O meia vascaíno deu mais ritmo à Seleção e criou as chances mais importantes a partir daí.

Aos 10 minutos, Juninho arrancou pelo meio, lançou Ewerthon, que chutou cruzado, para fora, com bastante perigo. Dois minutos mais tarde foi a vez do Peru assustar a equipe brasileira.

No segundo tempo, o Brasil conseguiu se movimentar mais e o meio-de-campo se posicionou melhor. Aos 20 minutos, Vampeta lançou Romário que, com tranqüilidade, dominou e tirou o goleiro da jogada. Daí pra frente, não houve dificuldade para o Baixinho: 1 a 0. Três minutos, depois, o Peru começou a mostrar que não estava morto e Mendonza, com um chute de longa distância, assustou Rogério. Instantes depois, Juninho chegou pelo meio, tocou rasteiro e animou a torcida.

Procurando segurar o resultado, logo depois do gol Leão tirou um meia para colocar um volante. Ricardinho saiu para a entrada de Mineiro, mas a tática não deu certo. Aos 32, a bola é levantada dentro da área para Pajuelo, que, livre dentro da área, subiu e marcou de cabeça, empatando o placar.

Imediatamente, o treinador decidiu colocar mais um atacante. Leão sacou Vampeta para colocar Washignton, artilheiro da Ponte, em campo. Também não adiantou, embora o Brasil tenha pressionado bastante até o final do jogo.

Aos 35, Juninho cobrou falta e levantou a bola na área para Edmilson, que mandou para a trave. Logo depois, o meia novamente criou uma chance. Ele dominou, invadiu a área e chutou com perigo.

No final da partida, o Peru ainda assustou e lembrou que a derrota não era impossível. Aos 46, veio a chance mais perigosa. Mendonza chegou com perigo pela direita e chutou rasteiro para o gol de Rogério.

Desmoralizada — Que a reputação da Seleção com os brasileiros não é boa há muito tempo, não é novidade. Mas o que parece crescer, e começa a preocupar, é a “moral” da equipe com em outros países. No final da partida desta quarta, o jogador peruano Palacios, por exemplo, afirmou que “nunca viu um Brasil tão fraco”.




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