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Reunião de cúpula do Mercosul cumprirá ampla agenda de temas
04/07/2004 | 20:20
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A reunião de cúpula de presidentes do Mercosul, que será realizada nesta semana na cidade de Puerto Iguazú, no lado argentino da Tríplice Fronteira, terá uma ampla agenda, que abrangerá assuntos tão díspares como a inclusão do México como país "associado" do bloco do Cone Sul, o andamento das negociações com a União Européia, os potenciais acordos comerciais com a Índia e a África do Sul, a criação de um "selo" Mercosul para os alimentos exportados pelo bloco, além de reclamações argentinas para o estabelecimento de mecanismos de "reajuste comercial" para impedir eventuais "invasões" de produtos de um país no outro.

No conclave que ocorrerá na pequena cidade à beira das imponentes Cataratas do Iguaçu estarão os presidentes dos quatro países-sócios do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) e os presidentes dos três países associados (Chile, Bolívia e Peru) do bloco.

Além deles, também estará no encontro o presidente do México, Vicente Fox, que pretende tornar seu país na oitava "estrela" da constelação do Mercosul. Para completar o grupo, estará em Puerto Iguazú o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, um constante "paquerador" do Mercosul, embora nunca tenha pedido sua inclusão formal no grupo.

Os presidentes se reunirão nos dias 7 e 8. No entanto, já a partir de terça-feira, os ministros, vice-ministros e técnicos de diversas pastas (especialmente os de Economia, Relações Exteriores, Indústria e Comércio e Agricultura) estarão sentados à mesa de negociações para debater a parte técnica do encontro.

Presidentes e ministros analisarão os acordos potenciais que estão surgindo com a China, Japão e Coréia, além de tentar avançar nas negociações – já iniciadas há tempo – com a Índia e África do Sul.

Além disso, o bloco analisará o andamento das negociações com a União Európeia. Meses atrás, esperava-se que o acordo ficaria definido até outubro deste ano. No entanto, o estancamento das conversas nos últimos dois meses ameaçam o cumprimento do cronograma. Extra-oficialmente, comenta-se entre os negociadores argentinos que o lado brasileiro está um "pouco inflexível" com o Velho Continente.

De quebra, não faltarão reuniões informais nos corredores dos dois hotéis onde ocorrerão os encontros.




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