Setecidades Titulo
Fim do PS causa impasse no Taboão
Por Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
25/02/2011 | 07:04
Compartilhar notícia


O impasse sobre o fechamento do PS (Pronto-Socorro) do Taboão ainda deve render alguns capítulos. Representantes dos moradores e da Secretaria de Saúde de São Bernardo mostraram-se irredutíveis em suas decisões na reunião que aconteceu ontem à noite, no Centro Cultural do Taboão. Cerca de 250 pessoas compareceram para ouvir as propostas da Prefeitura e fazer suas reivindicações.

A proposta de transferir os atendimentos para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Paulicéia não agrada a população do bairro, que pede a reforma e manutenção do PS. O posto de Saúde deve continuar em atividade até agosto, quando a UPA será inaugurada.

De acordo com o secretário de Saúde, Arthur Chioro, consiste no planejamento da Prefeitura a preparação para cobrir, inclusive, o crescimento da população, já que a nova UPA deverá atender à demanda de três bairros: Taboão, Jordanópolis e Paulicéia.

Sobre a possibilidade de construir a UPA no mesmo endereço que o PS, Chioro foi enfático. "Não é uma opção de fazer ou não fazer. Há uma legislação que precisamos cumprir. Não é possível fazer uma UPA em um bairro de 23 mil pessoas, quando o mínimo exigido é de 50 mil", explicou o secretário de Saúde.

Em meio aos protestos de moradores insatisfeitos com a decisão, o secretário assumiu o compromisso de melhorar o atendimento no bairro. A base do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que será instalada após a desativação, deverá ser responsável pelo transporte dos pacientes até os hospitais próximos.

Alguns moradores sinalizaram a possibilidade de entrar com uma ação civil pública junto ao Ministério Público para tentar impedir o fechamento do pronto-socorro que atende a região.

Moradores desconfiam de projetos e atacam promessas 

A opinião foi praticamente unânime entre os moradores que participaram da reunião de ontem. A proposta de melhorias em relação ao atendimento e novas alternativas de acesso à UPA não foram aceitas pela comunidade. "Nossa sensação é de perda. Estamos arrasados com essa decisão, pois lutamos anos para trazer o PS ao nosso bairro", relatou Marco Aurélio Silva, o primeiro a assumir o microfone quando as perguntas foram abertas ao público. "Eles estão firmes na decisão, mas nós também estamos. Não estou convicta dos esclarecimentos e não há nenhuma pessoa favorável aos planos da Prefeitura neste bairro. Nós não vamos desistir de manter nosso pronto-socorro", argumentou Efigênia Germano de Oliveira, diretora de assuntos comunitários do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) e moradora do bairro.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;