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À espera de Paulinho, PSDB diz que terá nome a prefeito

Em reunião com a estadual, executiva de Sto.André recebe aval para preparar projeto próprio, diferentemente de 2012

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
14/07/2015 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Em encontro ontem com a cúpula estadual do PSDB, na presença do presidente Pedro Tobias, a executiva do tucanato de Santo André teve aval para trabalhar por candidatura própria para o processo eleitoral de 2016, conjuntura diferente do último páreo municipal, independentemente de nomes – o partido foi vice de Raimundo Salles (PPS). Foi a primeira vez que a legenda não lançou projeto solo à Prefeitura. O comandante do diretório local, Marcelo Chehade, sustentou que há predileção pelo ex-vereador Paulinho Serra (PSD), atual secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos do Paço, porém existem alternativas, que serão estudadas até fim de setembro.

“Ele (Paulinho) é o principal quadro (projetado), mas não o único. Ainda haverá avaliação interna para apontar qual é a melhor opção”, discorreu Chehade, ao salientar que Tobias e o secretário-geral do partido, Bruno Covas, se comprometeram a comparecer na formalização da dobrada e participar efetivamente da campanha na cidade que visa evitar a reeleição do PT. “Eu também posso ser o candidato, assim como a deputada federal Mara Gabrilli, também cotada para ocupar a vaga”, disse, referindo-se à parlamentar que tem base eleitoral em São Paulo. “Ela até agora não indicou interesse, mas é sempre citada. Nos procurou apenas para ajudar na empreitada, em projetos de mobilidade reduzida.”

Deputado estadual e, recentemente, eleito para retornar a direção paulista, Tobias já sinalizou proposta prioritária do tucanato para lançar candidaturas na Capital e no Grande ABC como tentativa de quebrar o cinturão vermelho, formado, por exemplo, em São Bernardo e Santo André, além de São Paulo. A avaliação do partido, que integra a bancada de oposição em Brasília, é que o PT estará politicamente desgastado, especialmente no ano que vem, quando se aprofundará investigações das denúncias de corrupção na Petrobras, abrindo chances reais às empreitadas rivais. “O Tobias reiterou que a eleição é oportunidade de ouro para acabar com cinturão”, disse o dirigente.

O PSDB andreense busca entrar na carona das manifestações contrárias ao PT no País, mas sem se atrelar a outras candidaturas no primeiro turno. Não está descartada a migração de forças, como algum vereador, para ingressar na disputa sucessória de Carlos Grana (PT). A coligação, conforme informações, seria formada por, no máximo, quatro legendas.

Chehade ouviu do presidente estadual a negativa por acordo com o ex-prefeito Aidan Ravin, filiado ao PSB, sigla do vice-governador Márcio França, que tenta parceria com aliados. Tobias rechaçou apoio ao socialista, mesmo que seja oferecido o posto de vice na chapa majoritária. Tanto o tucanato municipal quanto o de São Paulo deu suporte à campanha derrotada do ex-chefe do Executivo no segundo turno da eleição de 2012. “O Aidan não cumpriu com os compromissos assumidos (na ocasião foi prometido o cargo de número dois da dobrada). O PSDB saiu prejudicado no processo. O Tobias mencionou que não aceitaria conversar com o ex-prefeito, não quer estar junto no pleito.” 




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