Política Titulo Não foi bem dirigida
Após anunciar saída para o PSDB, Rautenberg recua e desiste de trocar PTB
Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
04/07/2015 | 07:00
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Nario Barbosa 18/11/14


O vereador de Santo André Roberto Rautenberg desistiu de trocar o PTB pelo PSDB. Após anunciar a migração em fevereiro, o petebista recuou de vez da sua decisão ao perceber que poderia sofrer ação de infidelidade partidária. A divulgação da mudança causou rebuliço nas duas agremiações. Isso porque a pretensa alteração de quadro não foi comunicada internamente nem houve abertura pela nova agremiação. O presidente estadual do PTB, Campos Machado, garantiu, à época, que ingressaria com processo na Justiça Eleitoral para cassar o mandato do parlamentar, que não estava protegido pela legislação – hoje existem poucas brechas para a saída.

Embora, recentemente, a Câmara Federal tenha aprovado em primeiro turno a chamada janela, que permitiria prazo de 30 dias para troca-troca partidário – ainda faltam outros passos, em Brasília, para a validação da medida já para o próximo pleito –, Rautenberg preferiu não arriscar a cadeira legislativa pelo menos por enquanto, seguindo nas fileiras petebistas. Segundo a assessoria de imprensa do parlamentar, a permanência no PTB está definida, sinalizando, inclusive, apoio ao nome do correligionário e colega de Câmara Luiz Zacarias, atualmente pré-candidato à disputa ao cargo de prefeito na eleição de 2016.

Rautenberg está desde 2011 no PTB. Na ocasião, o vereador afirmou que a mudança tinha como motivação entrar na concorrência ao Paço na sucessão de Carlos Grana (PT). A estratégia foi traçada após conquistar 42 mil votos no páreo do ano passado ao concorrer por vaga de deputado federal – ficou na lista de sexto mais lembrado nas urnas de Santo André. “A única objeção que coloquei para o PSDB é que se não for eu, que seja a (deputada federal) Mara (Gabrilli, PSDB)”, alegou, na oportunidade.

Por outro lado, a declaração de Rautenberg não foi bem digerida também no tucanato. As lideranças do PSDB municipal consideraram que a situação sequer ficou construída na sigla. Diante do entrave, o parlamentar adiou a troca e falou que a caso seria sacramentado em período posterior a posse da nova executiva local – presidida por Marcelo Chehade –, o que não ocorreu. “Não tivemos qualquer conversa, mas acredito que dificilmente ele virá para o partido até pela fala, não agregou. Disse que chegaria para ser candidato à Prefeitura a partir de diálogo na rua. Foi sem sentido”, justificou Chehade.  




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