Política Titulo Santo André
Grana mira apoio do PTB e não descarta acordo eleitoral

Prefeito de Sto.André se reuniu com dirigentes; até o momento, petebistas estão resistentes

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
15/06/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Dentro das tratativas ao projeto de reeleição pelo Paço, já iniciadas, o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), mira o PTB, se reuniu com lideranças do partido – até o momento resistentes – e não desconsidera eventual acordo eleitoral para 2016, o que, caso efetivado, criaria cenário inédito na esfera municipal. As duas legendas nunca se aliaram na história. Pelo contrário. PT e PTB duelam desde 1982 na disputa pelo governo. Prova da rivalidade é que durante todo esse período apenas ambos comandaram a Prefeitura, totalizando cinco mandatos para o petismo e três vitórias do lado petebista.

Seguindo a tradição, o PTB articula nome próprio na sucessão local. O cotado internamente é o vereador Luiz Zacarias, um dos mais votados na cidade em 2008 e 2012. Por outro lado, o parlamentar tem sido cogitado, nos bastidores, como potencial vice, inclusive no PT.

Na tentativa de despistar sobre a estratégia, Grana afirmou que haverá “muito diálogo” daqui para frente e “nada está descartado”. “A tendência é conversar com todo mundo”, alegou, ao ser questionado especificamente sobre a chance de aliança. “Não se pode descartar nenhuma possibilidade. Até porque em outras administrações (da região) existe participação do PTB”, disse, em referência a São Bernardo e Mauá, também chefiadas por petistas. O prefeito teve encontro recente com o presidente paulista do PTB, deputado Campos Machado, seu ex-colega de Assembleia Legislativa. “Mas não tratamos deste assunto. Falamos das fusões”, esquivou-se.

As negociações por união entre PTB e DEM ficaram só no papel, condição que pode influenciar em território andreense. Campos frisou relação de amizade com o prefeito, admitindo que tomou café semanas atrás, entretanto, destacou que o “interesse maior que valerá é projeto municipal”. “Ele é meu amigo, de fato, conversamos. Isso não muda que a questão eleitoral tem de ser tratada pelo prisma do fortalecimento do PTB, que hoje trabalha por candidatura própria. Sou partidário”, ponderou o dirigente.

Presidente municipal do PTB, a ex-vice-prefeita Dinah Zekcer mencionou que não teve “qualquer diálogo direto” com lideranças do PT, a quem sempre fez oposição – nos quatros mandatos na Câmara – para tratar de composição. “Pode ser que houve sondagens. Conversas existem, porém não teve diretamente comigo. A mim não procuraram”, ressaltou, ao analisar que vê dificuldade em parceria com o governo petista. “Em toda minha trajetória mantive linha (contrária). Acredito que seja complicado.”




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