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Homem leva 513 ferroadas de abelhas
Vanessa Selicani
Especial para o Diário
20/11/2007 | 07:00
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O desempregado Vlamir Aparecido Ferreira, 48 anos, foi ferido com 513 ferroadas de abelhas durante um ataque no bairro Centreville, em Santo André, às 9h de anteontem. Ele está internado em estado grave no Centro Hospitalar Municipal de Santo André. Outras quatro pessoas ficaram feridas e um cachorro morreu com o ataque das abelhas.

Os insetos saíram de uma colméia que está dentro de uma luminária na fachada de um salão de cabeleireiros, da Avenida Sargento Silvio D. Rollemback. Parte do toldo caiu e as abelhas começaram a se espalhar pela rua.

A proprietária do salão, Maria Aparecida Costa, chamou o Corpo de Bombeiros que indicou um apicultor para auxiliar na remoção da colméia. Mas antes mesmo de que ele começasse o trabalho, as abelhas iniciaram um ataque às diversas pessoas que estavam dentro de um bar vizinho.

Segundo o apicultor, que se identificou como Fernando, Ferreira estava visivelmente alcoolizado e retirou a camisa para combater os insetos.

MULTIDÃO

“Gritei para se afastar, mas não adiantou. Uma multidão passou a se aglomerar perto das abelhas. Eles não percebiam o que estava acontecendo. Três cachorros lutavam contra os insetos”, disse.

O desempregado tem uma deficiência na perna e anda com dificuldades.

“Ele não conseguiu correr direito para fugir do ataque. O corpo do Vlamir ficou preto de tanta abelha”, relatou a comerciante Claudia Nazaré, 41 anos.

Os vizinhos precisaram jogar baldes d’água para que as abelhas saíssem. Uma ambulância da Prefeitura foi chamada. Para que fosse feito o socorro de Ferreira, o apicultor teve de jogar mais de 20 litros de uma substância para produzir fumaça e expulsar as abelhas.

Ferreira já estava desacordado e teve duas paradas cardíacas ainda no local. No hospital, foram outras quatro paradas. Os familiares foram informados que ele não sobreviverá até amanhã. Não existe soro antiveneno de abelhas.

“O mais revoltante é que a colméia continua lá, perto das crianças e de outras possíveis vítimas”, lamentou a sobrinha de Ferreira, Daniela Ferreira.

A proprietária do salão socorreu as outras quatro vítimas. “É igualzinho aos desenhos animados, em que as abelhas perseguem e preenchem todo corpo das pessoas”, relatou Maria Aparecida. (Supervisão de Cláudia Fernandes)



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