Dois campeões mundiais entram de camisa nova no Morumbi, às 16h de hoje, para fugir da implacável linha de rebaixamento no Brasileiro. Em 2000, o Corinthians conquistou o título num polêmico torneio internacional de clubes instituído pela Fifa.

Bem antes, em Tóquio-81, o Flamengo – de Zico, Adílio, Nunes e cia. – comemorou o legítimo troféu nos 3 a 0 sobre os ingleses do Liverpool.

Bons tempos na história de dois tradicionais – e agora fragilizados – clubes mergulhados talvez na pior crise de cada lado. Ambos patinam na tentativa de não afundar ainda mais na incompetência da cartolagem.

A julgar pelos números da tabela, a situação do Corinthians é menos desesperadora. O time paulista (15 pontos ganhos) permanece colado ao bloco dos ameaçados.

O sufoco do rubro-negro também é muito visível na linha do rebaixamento. Os cariocas (11) estão na frente apenas do Náutico e do América-RN. Lá e cá têm outro detalhe em comum: as insuportáveis dívidas acumuladas nos últimos anos.

As turbulências, porém, do Corinthians podem colocá-lo num beco de saídas imprevisíveis. Afinal, o presidente Alberto Dualib e Kia Joorabchian (líder da estilhaçada parceria) estão envolvidos em denúncias de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Distante das complicações nos bastidores, o técnico Paulo César Carpegiani procura tocar no emocional do elenco para resgatar o ânimo de quem não ganha há oito rodadas.

Carpegiani pretende repetir a equipe utilizada no Sul, mas estava na dependência de Betão, que fará teste no vestiário. O zagueiro sentia dores musculares. Cadu pode substituí-lo. Fábio Ferreira e Zelão permanecem na zaga. (com agências)