O delegado seccional de Santo André, Luiz Alberto de Souza Ferreira, não acredita que o incêndio que destruiu cinco anos de arquivo da Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Santo André tenha sido criminoso, mas afirma que só o laudo da Polícia Técnica, que fica pronto em 30 dias, poderá comprovar a origem do fogo. O delegado também descarta relação entre o incêndio e os furtos nas Ciretrans de Mauá e Rio Grande da Serra. “Os furtos sim foram atos criminosos e quem entrou estava atrás de material, como espelhos de carteiras de motoristas. Até agora não temos conhecimento de falsificações e garantimos que nenhum documento foi furtado.”

Ferreira explica que materiais de valor das Ciretrans são guardados no banco e retirados conforme a demanda de exames. “Espelhos de habilitações e certificados de registros de veículos não são guardados nos prédios da Ciretrans. No caso de Rio Grande, nem mesmo os processos são mantidos no prédio, que é vulnerável.” Os documentos, segundo o delegado, são arquivados na delegacia, com livros e atas dos exames.

A seqüência de ocorrências ocorreu no intervalo de dois meses, após as denúncias de que a Ciretran de Santo André estaria envolvida em suposto esquema de venda de habilitações mediante pagamento de R$ 355 por carteira. Além da Ciretran, participariam da fraude auto-escolas. As denúncias estão sendo investigadas pela Corregedoria da Polícia de São Paulo.

Digital – Segunda-feira, um novo modelo de identificação dos candidatos a motorista foi colocado em operação na região. Cada etapa do processo de emissão da habilitação dependerá do reconhecimento digital do candidato. Após as denúncias, Santo André também mudou o formato do exame prático. Examinadores só sabem o tipo de prova e o grupo de candidatos que irá avaliar no momento do teste.