O ex-jogador Ronaldo participou de caminhada ontem ao lado do candidato a Presidência da República Aécio Neves (PSDB), de seu vice, Aloysio Nunes (PSDB), e do governador do Estado e postulante à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), nas cidades de Osasco e Carapicuíba, para tentar alavancar votos para o presidenciável em São Paulo.

No Estado, de acordo com a pesquisa Ibope de terça-feira, Aécio está na terceira colocação na preferência dos paulistas com 19% das intenções de voto. Marina apareceu em primeiro lugar, com 32%, seguida por Dilma, com 25%.

“Em uma semana, e agradeço aqui mais uma vez a parceria com o governador Geraldo Alckmin, cresci seis pontos em São Paulo”, afirmou Aécio, em discurso otimista.

No cenário nacional, o senador mineiro corre contra o tempo para tentar chegar ao segundo turno. Pesquisa Datafolha de anteontem mostra Dilma com 40% das intenções de voto, seguida por Marina, com 27%. Aécio continua na terceira colocação, com 19%, mas diminuiu a diferença que já foi de 20 pontos percentuais no começo de setembro.

Animado com os números do levantamento, Aécio insistiu no discurso de arrancada na reta final de campanha. “A diferença para a candidata que está em segundo lugar (Marina) só diminui. Estamos em rota de crescimento e estaremos no segundo turno. Quem quer derrotar o PT percebe cada vez mais que a nossa candidatura é a que tem condições de enfrentá-lo.”

Na rápida passagem por calçadão em frente à estação de trem de Osasco, Ronaldo foi o protagonista. Quando avistado em meio à multidão, o Fenômeno era o mais assediado pelos populares, contribuindo para empurra-empurra no local.

Deslocado de seu ambiente natural, Ronaldo falou pouco durante as caminhadas. “É natural que eu fale menos. Vim externar minha indignação e dizer que acredito neste meu amigo (Aécio)”, declarou ele, que aproveitou para usar a linguagem de boleiro, passando confiança ao tucano. “Quero dizer que de virada é mais gostoso. A gente vai virar esse jogo.”

Aécio aproveitou para comentar sobre as denúncias da revista Veja, que mostrou que o ex-ministro Antônio Palocci teria pedido R$ 2 milhões para Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, para campanha de Dilma em 2010. “As denúncias são extremamente graves. É assustador o que vem acontecendo no Brasil. Quero aqui reafirmar: vou tirar a Petrobras das garras desse grupo político que se apoderou da nossa maior empresa pública para fazer negócios”, finalizou o tucano. (com Estadão Conteúdo)