Esportes Titulo Copa de 2014
Cuiabá ignora promessa da CBF
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10/06/2009 | 07:00
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Cuiabá quebrou a promessa do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, de que não será usado dinheiro público na construção ou reforma de estádios para a Copa do Mundo de 2014.

O prefeito da cidade, Wilson Santos (PSDB), admitiu ontem que erguerá um novo estádio na cidade, que também se chamará Verdão, com "100% dos recursos do governo estadual". Segundo ele, o custo da nova arena, com capacidade para 42,5 mil pessoas, gira em torno de R$ 300 a R$ 400 milhões.

"O governo já possui dinheiro para isso. Já temos R$ 100 milhões em caixa. O estádio está garantido para 2014", afirmou, antes de participar do segundo dia do seminário que o Comitê Organizador da Copa de 2014 realiza com as 12 cidades escolhidas para sediar os jogos do Mundial.

Em novembro de 2007, Ricardo Teixeira garantiu que somente haveria dinheiro público para obras de infraestrutura, como reformas de estradas e aeroportos, entre outras melhorias para a Copa.

Na ocasião, o presidente da CBF deixou claro que reformas e construção de estádios e hotéis seriam atributos da iniciativa privada. "Não é dinheiro dela (CBF), é nosso. Procuramos dar firmeza e seriedade ao projeto. Temos de entregar tudo pronto em dezembro de 2012 (prazo estabelecido pela Fifa)", argumentou o prefeito de Cuiabá, ao justificar o investimento.

Ao ser indagado se o novo estádio, após a disputa do Mundial, poderia virar um elefante branco - equipamento grandioso sem utilização -, o prefeito de Cuiabá se irritou e respondeu com ironia. "Não vai virar elefante branco nem verde. E lá em Cuiabá não tem elefante, somente onça e tuiuiú."

O prefeito ainda confirmou que o "velho estádio", também chamado Verdão, será demolido.

Numa das maiores disputas no processo de escolha das 12 cidades, Cuiabá desbancou Campo Grande na briga para ser a única sede da região do Pantanal.

Enquanto Cuiabá já decidiu a origem dos recursos, a prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), preferiu não descartar o uso do dinheiro público para erguer o novo estádio, chamado Arena das Dunas. "Se não houver PPP (Parceria Público-Privada) e nem concessão, o Estado e a Prefeitura vão construir o estádio para a Copa", prometeu.




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