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Secretário nega cobrança de taxa em programas
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
11/04/2009 | 07:23
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O secretário de Habitação de Mauá, Sérgio Afonso, nega que a Prefeitura possua qualquer empreendimento imobiliário em andamento no qual tenha sido cobrado R$ 550 para taxa de inscrição e contrato. Com isso, o secretário confirma a versão de que os cadastramentos, feitos durante a gestão do ex-prefeito Leonel Damo (PV) pelo ex-secretário de Habitação Altivo Ovando Júnior, mereçam análise policial.

Segundo a Prefeitura, não existe cobrança de taxa para a inscrição de programas de Habitação. Em nota oficial, a administração revela que "cada projeto segue as determinações da parceria com o programa habitacional em andamento", mas que em nenhum deles é exigido o pagamento de R$ 550.

"É triste por ser na nossa cidade. Acho que a polícia precisa investigar para conhecer os detalhes da fraude", defende Afonso.

Ex-secretário da Pasta em Mauá, Altivo Ovando Júnior é alvo de investigações por estelionato pela polícia e pelo MP (Ministério Público) por supostamente praticar golpe imobiliário, nas dependências da Secretaria de Habitação. Além de Altivo, as empresas GN Max e Minelle Planejamento são réus nos processos.

Altivo é apontado por cerca de 61 vítimas como o coordenador do golpe, uma vez que participava de reuniões sindicais nas quais divulgava o programa. A polícia estima que pelo menos 200 pessoas tenham sido lesadas.

O novo secretário de Habitação, Sérgio Afonso, revela que a Secretaria ainda recebe visitas de munícipes procurando informações sobre o projeto, mas nega que a Prefeitura tenha investigação interna sobre o caso em andamento. "A Prefeitura não tem o objetivo de ficar fazendo investigação. Isso é assunto da polícia. Nós assumimos com o propósito de fazer o melhor para a população de Mauá. Vamos providenciar unidades habitacionais", explica.

Defesa - Em nota oficial, Altivo negou qualquer esquema de venda ilegal de imóveis. Segundo o ex-secretário, o assunto não é nada mais do que "puro revanchismo" da administração atual, que "até hoje não trouxe explicações sobre o recebimento de propina para a construção do shopping Mauá"(denúncia feita por ele, que gerou "até ameaças").

Apesar da defesa, o processo revela que o Ministério Público solicitou informações sobre o contrato entre a Prefeitura e as empresas apontadas no inquérito durante a administração Leonel Damo (2005-2008).

O ofício entregue pela gestão anterior revelou que não havia qualquer acordo firmado com as empresas para obras na Habitação. Procurada pelo Diário, o atual governo reiterou as informações.




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