O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), toma posse hoje em cerimônia, por volta das 10h, na Assembleia Legislativa de olho em eventual manifestação de policiais civis e militares. A categoria sinaliza pela concentração em frente ao Parlamento e cobra reajuste salarial em 2011. Na Secretaria de Segurança Pública, Alckmin manteve o ex-capitão da PM Antônio Ferreira Pinto, que teve a seu favor a baixa dos índices de criminalidade no Estado.

Depois de assinar o termo de posse, a comitiva segue por volta das 12h para o Palácio dos Bandeirantes, onde ocorre a transmissão de cargo. Nas eleições deste ano, o tucano foi eleito - para o terceiro mandato -, ao lado de Guilherme Afif Domingos (DEM), no primeiro turno com 11,5 milhões sufrágios, somando 50,63% dos votos válidos.

Entre os sete prefeitos do Grande ABC, quatro, em especial, podem comparecer à posse, uma vez que trabalharam na região para elegê-lo. Contudo, os demais chefes do Executivo, petistas, esperam apenas que o empenho na campanha ao adversário Aloizio Mercadante (PT) não resulte em desatenção aos anseios da população de São Bernardo, Diadema e Mauá.

Coordenador das campanhas tucanas na região, o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PT), celebra a continuidade dos governos tucanos, já que alcançou parcerias com o Estado na primeira passagem de Alckmin pelo Palácio dos Bandeirantes. Inclusive, no início do ano deve ser assinado edital de licitação das obras do maior piscinão da América Latina, o Jaboticabal, na divisa do Grande ABC com a cidade de São Paulo.

Prefeitos criam grande expectativa em cima do Estado

A maioria dos prefeitos do Grande ABC coloca grande expectativa em convênios com o governo Geraldo Alckmin (PSDB). Sobretudo a criação da Secretaria de Gestão Metropolitana, que será ocupada por Edson Aparecido (PSDB), é tida como possível alavancadora de recursos com foco nos problemas locais.

Segundo Alckmin, metade da população do Estado vive numa área que engloba 8.000 quilômetros quadrados, enquanto outra metade está em 250 mil, indicando grandes concentrações de municípios importantes em áreas pequenas em relação ao tamanho total de São Paulo.

Com a implantação da Pasta, o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), avalia que os técnicos despenderão cuidado aos setores mais carentes da população. "Enxergo que com uma ferramenta de gestão deste porte o Alckmin conseguirá ter grande proximidade com segmentos mais fragilizados, que são as sociedades periféricas", resumiu.

Para Auricchio, dentro da nova secretaria, a região tem condições de demonstrar a experiência inédita de êxito com o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. "Tenho certeza que o próximo presidente da entidade encontrará porta escancarada de trabalho em conjunto com o governo estadual". (Fábio Martins)