Política Titulo Última vitória em 2010
PT de Mauá mira fim de
jejum na Assembleia Legislativa

Governo Marcelo projeta Rômulo na disputa a deputado para pôr fim a hiato de 12 anos

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
06/06/2021 | 00:01
Compartilhar notícia
DGABC


Após quatro anos longe da Prefeitura de Mauá, o então vereador Marcelo Oliveira (PT) reconduziu o petismo de volta ao poder na cidade no pleito do ano passado. Faltando pouco mais de um ano para a eleição do ano que vem, o partido vê outro obstáculo: quebrar jejum de 12 anos sem eleger nomes do PT mauaense para a Assembleia Legislativa.

Com o PT de volta ao governo, Marcelo já vê no horizonte a virtual candidatura do ex-vereador e atual secretário Rômulo Fernandes (Planejamento) ao Legislativo paulista. O projeto visa pôr fim a um hiato eleitoral. O último petista eleito com patrocínio de gestão petista na cidade foi o hoje ex-prefeito Donisete Braga (recentemente desfiliado do PDT), em 2010. 

Naquela eleição, o então petista foi reeleito deputado estadual com apoio de parte do governo do então prefeito Oswaldo Dias (PT) – em 2010, o hoje secretário de Saúde de Santo André e ex-vice-prefeito mauaense, Márcio Chaves (ex-PT, atual PSD), também se lançou à Assembleia. Além da dupla, o ex-prefeito andreense Carlos Grana (PT), eleito deputado estadual em 2010, conseguiu atrair aliados em Mauá. Dois anos mais tarde, inclusive, Donisete assumiu a vitoriosa candidatura a prefeito após liderar movimento que enterrou a reeleição de Oswaldo. 

De 2010 para cá, o PT mauaense sucumbiu nas disputas estaduais. Em 2014, já sob o governo Donisete, a aposta da gestão foi lançar o então secretário Paulo Eugenio Pereira Junior (Mobilidade Urbana), mas o projeto foi diretamente afetado com a decisão de Atila Jacomussi (SD), então superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), de também se lançar à disputa. O petista ficou longe da vitória, com 51.437 votos, enquanto Atila abocanhou mandato ao obter 62.856 sufrágios no total. 

No estrato local, Paulo Eugenio amargou o terceiro lugar na cidade, perdendo tanto para Atila (o primeiro mais votado), quanto para a então deputada Vanessa Damo (MDB, que ficou em segundo) – o mandato da emedebista foi cassado dois anos mais tarde. Eleito pelo PCdoB, Atila foi o último deputado estadual pela cidade e renunciou dois anos depois, após derrotar Donisete na disputa pela reeleição ao Paço mauaense. 

Nas eleições de 2018, a frustração do PT de Mauá foi maior ainda. Fora do governo na cidade – e em todo o Grande ABC – e com a representatividade reduzida na Câmara, o PT mauaense se contentou com a candidatura de Oswaldo Dias. O petista, no entanto, nem sequer teve os votos contabilizados depois de ver o projeto indeferido na Justiça Eleitoral, que usou uma condenação por improbidade administrativa para enquadrar o ex-prefeito na Lei da Ficha Limpa. 

No ano que vem, embora o cenário seja mais favorável que o de quatro anos atrás, o PT mauense tende voltar a duelar com Atila, de quem Marcelo levou a disputa pela apertada marca de 2.676 votos na disputa municipal. Também vê a movimentação de outros aliados, como o vereador Vanderley Cavalcante da Silva, o Neycar (SD), e o secretário Fernando Rubinelli (PTB, Serviços Urbanos).

Presidente do PT de Mauá, o vereador Júnior Getúlio não atendeu aos contatos do Diário para comentar o assunto. 


Fotos: 

1- Claudinei Plaza/DGABC

2- Denis Maciel/DGABC

3- Anderson Silva/DGABC

4- Banco de Dados/DGABC




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;