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Noruega aprova ‘castração química’ para acusados de abuso
Da AFP
08/06/2004 | 14:22
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Autoridades da Noruega aprovaram nesta terça-feira o uso da chamada castração química em quatro condenados por abuso sexual. Os acusados, que se ofereceram como voluntários, vão usar uma droga que acaba com o impulso sexual masculino.

Os condenados cumprem longas penas de prisão, cuja duração não será afetada pelo tratamento, administrado na prisão de Trondheim, nordeste da Noruega.

Durante seis meses, os quatro homens participaram de terapia cognitiva, que visa a esclarecer como certos padrões de pensamento causam certos sintomas.

A droga administrada será o leuprolein, que bloqueia a produção do hormônio masculino testosterona ao nível da castração.

"Na Noruega, 10% dos presos libertados que foram condenados por crimes sexuais cometem novos crimes", ressaltou Noettestad, que é o psicólogo chefe do Departamento Regional de Segurança em Trondheim. Ele explicou que depois de iniciado o tratamento, os homens terão que continuar tomando o remédio porque os efeitos desaparecem depois de algum tempo.

Geir Haarstad, 40 anos e um dos quatro prisioneiros a se submeter à castração química, declarou ao jornal norueguês Dagbladet que entende sua situação. “Eu preciso me submeter a um tratamento para descobrir qual é o meu problema".

Haarstad foi condenado em março passado a 21 anos de prisão após abusar sexualmente de sua enteada de 11 anos e tê-la estrangulado. Ele cometeu o crime após ter sido libertado da prisão onde cumpriu pena pelo assassinato de uma namorada, que se recusou a fazer sexo com ele.




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