Estar entre as melhores do mundo não é novidade para Fabiana Murer. A atleta do salto com vara é a única brasileira que vem disputando com regularidade a Diamond League, circuito que reúne a elite do atletismo. Acostumada à pressão, ela sabe que falta ao seu currículo uma conquista com o peso de um Mundial. É verdade que, no ano passado, ganhou a medalha de ouro no Mundial Indoor, em Doha, no Catar. Mas as provas de pista fechada não são vistas com o mesmo glamour que os torneios ao ar livre, também disputados de dois em dois anos

Hoje, à partir das 21h30 (horário de Brasília), Fabiana Murer entra na pista do Estádio de Daegu, na Coréia do Sul, para disputar as qualificatórias do salto com vara no Mundial de Atletismo. "É sempre uma prova nervosa", admitiu a brasileira, que encontrará velhas conhecidas, como a norte-americana Jennifer Suhr (dona da melhor marca do ano, 4,91 metros), a polonesa Anna Rogowska (campeã do Mundial de Berlim, em 2009) e, claro, a recordista mundial Yelena Isinbayeva, russa que volta de período sabático e tem, em 2011, apenas um 4,76 m.

Fabiana Murer também não conseguiu apresentar sua melhor performance até agora na temporada - sua principal marca foi 4,71 m na etapa de Londres da Diamond League, em agosto. E acredita que, para conquistar uma medalha em Daegu, precisa garantir ao menos a marca de 4,80 m, algo que ela já conseguiu na carreira - seu recorde pessoal é 4,85 m, obtido em 2010.

Antes de chegar a Daegu, Fabiana passou três meses na Europa, treinando e competindo. Teve também apoio de Vitaly Petrov, o ucraniano que era, até o início da temporada, técnico da rival Isinbayeva.