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Perto do PMDB, Edmilson deverá perder mandato
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
10/09/2011 | 07:09
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Próximo de deixar o PRB e ir para o PMDB, o vereador Edmilson Cruz, de Diadema, corre risco de perder sua cadeira na Câmara caso a migração se concretize. A militância do PSC, partido que fez coligação com o PRB em 2008 e que auxiliou na eleição do parlamentar, já preparou documento para encaminhar ao Ministério Público alegando infidelidade partidária de Edmilson.

O PSC reivindica a vaga se o vereador sair do PRB. Ex-secretário de Abastecimento na gestão de José de Filippi Júnior (PT), Edmilson recebeu 4.596 votos em 2008, mas só conseguiu chegar à Câmara graças à coligação com os sociais-cristãos. O PRB lançou somente dois candidatos - Edmilson e Maria Santiago de Lima (que obteve míseros 154 sufrágios).

Com chapa recheada de medalhões na política diademense, o PSC impulsionou a eleição de Edmilson. Entre as figuras carimbadas na legenda do PSC estavam os ex-vereadores Antônio Bonfim de Melo, o Titio, José Zito da Silva, o Zezito, José Zeferino dos Santos e José Carlos Gonçalves. Apesar do time reforçado, a sigla só elegeu Talabi Fahel. Todos os citados, inclusive Talabi, não estão mais no PSC.

"O PSC só espera o Edmilson sair do PRB para ficar com a cadeira dele. O partido foi que de fato o elegeu, porque sem a coligação ele sequer passaria perto da Câmara", comentou um militante do PSC que não quis se identificar. Procurado pela equipe do Diário, o presidente municipal do PSC, Teodózio Silva, não foi localizado. Edmilson não quis comentar a movimentação do PSC.

 

SEM APOIO

Edmilson projeta trocar de partido porque a Igreja Universal - seu reduto eleitoral e que detém a maioria dos filiados do PRB - investirá em outro candidato no município em 2012. Porém, o parlamentar ainda costura junto à igreja apoio para buscar reeleição contando com votos dos fiéis.

O ‘plano B' do parlamentar seria ir para o PMDB. O vereador conversou com Cida Ferreira (PMDB) e recebeu aval da cúpula peemedebista. O receio de perder a cadeira, segundo ventila-se nos bastidores da política da cidade, seria o principal empecilho para concretização da troca partidária.

O vereador perdeu apoio da Igreja Universal após as eleições de 2010. Edmilson foi convidado pelo deputado estadual Donisete Braga (PT), de Mauá, a coordenar sua campanha em Diadema. O PRB proibiu que militantes endossassem campanhas de candidatos rivais aos políticos da legenda.

O PRB elegeu dois deputados para a Assembleia Legislativa: Gilmaci Santos (96.976 votos) e Sebastião Santos (73.805 adesões). Apesar do êxito, os dois tiveram votações fracas em Diadema. Sebastião, natural de Santo André, obteve 3.116 sufrágios na cidade. Gilmaci conquistou apenas 336 votos. Donisete Braga, por exemplo, arrebatou 6.915 adesões, mais do que o dobro de Sebastião e 20 vezes mais do que Gilmaci.

Edmilson não quis avaliar seu futuro político no PRB de Diadema.




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