Política Titulo São Bernardo
Marinho suspende edital para hospital

Governo petista de S.Bernardo aponta falhas no
processo de licitação de projeto de US$ 139 mi

Por Leandro Baldini
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
13/06/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Anunciada há menos de um mês, a licitação para construção de hospital de urgência onde hoje funciona o PS (Pronto-Socorro) Central de São Bernardo foi suspensa pelo governo do prefeito Luiz Marinho (PT). A justificativa do Paço é que o edital colocado na rua continha falhas e precisou ser reformulado. O governo espera republicar “nos próximos dias” a concorrência e, embora fale que a data de início das obras esteja mantida, admite atrasos.

O projeto, divulgado por Marinho no dia 18, envolve US$ 139,1 milhões (R$ 477,25 milhões, na conversão de sexta-feira do dólar para real), sendo US$ 59 milhões (R$ 202,43 milhões) do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e US$ 80 milhões (R$ 274,48 milhões) de contrapartida municipal. Com 17,5 mil metros quadrados, o hospital terá sete pavimentos e 266 posições, sendo 226 leitos e 40 poltronas. Na atividade de anúncio, o petista evitou falar em prazo de entrega, apenas relatando que terá 30 anos para quitar a dívida com o BID.

Inicialmente, a previsão da Prefeitura era abrir os envelopes com as propostas da construção do complexo hospitalar no dia 1º de julho. Porém, conforme admitiu a secretária de Saúde, Odete Gialdi, prazos serão modificados. A administração, quando apresentou o projeto do hospital de urgência, informou que o equipamento será entregue em agosto de 2018.

“Esse edital foi formulado junto com equipe do BID e, por isso, havia peculiaridades com as quais não estávamos habituados. Antes de tocar para frente (a licitação), achamos prudente rever. Nos próximos dias devemos publicar um novo (edital). É uma pena porque isso vai mexer com o prazo. Contudo, a previsão de iniciar os serviços em agosto está mantida”, prometeu Odete.

A secretária garantiu que a decisão de suspender o processo licitatório partiu do governo para evitar possíveis questionamentos do TCE (Tribunal de Contas do Estado. “Constatamos que tinham algumas falhas, como por exemplo, o conjunto de exigências técnicas quantitativas que ultrapassava a norma do TCE”, exemplificou.

A construção do hospital de urgência no lugar do PS Central é uma das apostas de Marinho para alavancar a área da Saúde no plano de governo de seu candidato à sucessão, o ex-secretário de Serviços Urbanos e de Coordenação Governamental Tarcisio Secoli (PT). Na ótica do Paço, o novo complexo hospitalar proporcionará aumento de 46% na capacidade de atendimento do PS Central, alvo de críticas de usuários.

Apesar dos números apresentados por Marinho, há possibilidade de o equipamento ficar subutilizado, como é o Hospital de Clínicas. Inaugurado em dezembro de 2013 pelo prefeito, a estrutura situada no Grande Alvarenga opera com apenas 12% de sua capacidade para cirurgias.

“Para aqueles que duvidam que a nossa administração ainda possa construir um novo hospital, asseguro que esse é um caminho sem volta. Já temos os recursos para a construção e o edital será lançado em julho”, afirmou Marinho, na cerimônia de apresentação do projeto. 




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