Política Titulo Conflito
Dívidas geram embate em Diadema

Em audiência pública, PT contesta valor do passivo e secretário alfineta herança de Reali

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
28/02/2013 | 07:00
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Presente em peso na primeira audiência pública de Finanças do governo de Lauro Michels (PV), a bancada do PT de Diadema pressionou o secretário Francisco José Rocha. Petistas contestaram o valor da dívida apresentada por Lauro de R$ 1,7 bilhão, minimizou os R$ 82 milhões em restos a pagar deixados pelo ex-prefeito Mário Reali (PT) e questionou atraso em pagamento a fornecedores e entidades conveniadas com o Paço.

Rocha apresentou informações financeiras do último quadrimestre do mandato de Reali, que fechou com R$ 451 milhões em dívida consolidada - R$ 1,2 bilhão a menos do que a anunciada por Lauro e levado pelo prefeito ao Ministério Público. As contas do verde, além dos passivos reconhecidos pela administração, incluem débitos da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) e da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) com a Sabesp.

Presidente do PT diademense e líder da comissão de Finanças da Casa, o vereador Josa Queiroz foi um dos mais enfáticos. "Muito se falou da dívida e vemos agora que ela é de R$ 451 milhões. O restante está sendo contestado na Justiça."

Rocha rebateu, dizendo que os débitos da Saned já estão executados pela Sabesp e que só não subtraíram recursos dos cofres públicos devido a um efeito suspensivo. Além disso, ele ressaltou ter herdado R$ 82 milhões em restos a pagar de Reali com R$ 617 mil presentes nos cofres.

"Não podemos entrar no mérito de quem fez ou não fez a dívida. Precisamos encontrar uma maneira de equacionar e estamos trabalhando para isso. Sabemos que a sociedade é que vai pagar", alertou o titular da Pasta de Finanças.

Os vereadores petistas José Antônio da Silva e Lilian Cabrera cobraram o pagamento a creches e entidades conveniadas. Líder da bancada do PT na Câmara, Zé Antônio afirmou haver instituições alegando falta de repasse de janeiro e fevereiro. Rocha discorreu que alguns recursos foram retidos por problemas em documentações de ONGs (Organizações Não Governamentais).




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