Seus defensores, para impedir sua perda de imunidade parlamentar e possível ajuizamento, apresentam as mesmas razoes de saúde e compaixao pelas quais o governo inglês o liberou em 2 de março e evitou sua extradiçao para a Espanha, onde um juiz queria julgá-lo.
Ainda que até agora os defensores nao tenham conseguido fazer valer as razoes médicas, eles alegam que o deteriorado estado de saúde físico e mental de Pinochet o impedem de enfrentar processo.
O processo de perda de foro especial se iniciou na quarta-feira com o resumo das 3.500 páginas do processo contra Pinochet, contido em 10 tomos. A causa contra o ex- governante acumula mais de 90 açoes.
Os advogados acusadores aponta o ex-ditador como responsável, pelo menos, de 19 seqüestros cometidos por uma missao militar designada por Pinochet.
A denominada ``caravana da morte' cometeu 72 execuçoes sumárias de prisioneiros, mas a Pinochet se responsabiliza somente pelo seqüestro deles, evitando assim uma lei de anistia.
As forças armadas representaram ao governo sua inquietaçao pelo possível julgamento, mas o presidente Ricardo Lagos rechaçou essas pressoes ao ressaltar que essa era uma matéria em maos da justiça e que nao há como interferir em suas resoluçoes.
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