Mais três empresas do Grupo 9 – máquinas, eletroeletrônicos e metalurgia tradicional – em São Bernardo decidiram atender a reivindicação da campanha salarial dos metalúrgicos. A fábrica de chapas de bronze e de cobre Termomecânica, a Makita (máquinas e furadeiras elétricas) e a Otis (elevadores) aceitaram pagar a reposição de 4,66% da inflação e aumento real de 3%.

A decisão ocorre antes do fechamento de um acordo entre o Grupo 9 da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (ligado à CUT), que vem organizando uma série de paralisações no setor. A mobilização acontece em razão do impasse nas negociações sobre a campanha. A Fiesp oferece aumento real de 2,09%.

Com a medida, subiu para seis o número de empresas que aplicaram o aumento real por conta própria. Também entram nesse contexto a Exata Master (ferramentaria), a Elvi (cozinha industrial), a Polimold (moldes para máquinas), a Kempac (embalagens de alumínio) e a SMS (componentes de computador).

Apesar do anúncio, o sindicato tenta fechar um acordo com o Grupo 9 para dar garantias a toda categoria, destacou o diretor da entidade José Paulo da Silva Nogueira. "A aplicação do índice é por vontade deles. Mas o fechamento do acordo geral é necessário."

Sexta-feira, mais de 200 funcionários da ThyssenKrupp – fábrica de máquinas operatrizes em Diadema – paralisaram as atividades por um dia dentro da série de protestos no segmento. É a segunda suspensão naquela fábrica desde o início do movimento. Na última terça-feira, o sindicato tentou interromper a produção, mas houve tumulto que resultou na prisão de dois sindicalistas.