O governo chinês apresentou oficialmente neste domingo suas condolências pela morte do papa João Paulo II, desejando que as relações entre a China e o Vaticano melhorem durante o próximo pontificado.

A China e o Vaticano não têm relações diplomáticas há cerca de 50 anos, desde que a Santa Sé reconheceu a independência de Taiwan, considerada uma província rebelde por Pequim. "Esperamos que, sob o novo pontificado, o Vaticano crie as condições para uma melhora nas relações com a China", acrescenta o comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

Apesar das persistentes tensões entre Pequim e o Vaticano, que apóia os católicos chineses fiéis à autoridade do papa e que são vítimas de perseguições, o diálogo nunca foi rompido definitivamente. Mas para normalizar as relações, Pequim exige que o Vaticano rompa com Taiwan e quer influir na nomeação dos bispos chineses.

"A partir destes princípios, estamos prontos a melhorar as relações com o Vaticano", leu o porta-voz da chancelaria chinesa. A Igreja católica na China também encaminhou nesta manhã suas "profundas condolências" e classificou de "grande perda" o falecimento de João Paulo II.