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O que colocar na bagagem?

Apesar da tentação de trazer para casa um ‘pedacinho’ do destino, é preciso se atentar às regras

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
03/01/2019 | 07:00
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Pixabay


A cada viagem, surge aquela tentação de trazer para casa tudo o que for possível para prolongar o gostinho de ter conhecido um destino diferente. Dá vontade de fazer uma verdadeira compra no supermercado e compartilhar com amigos e familiares comidas e bebidas locais, além de aproveitar preços mais baixos de itens eletrônicos e perfumes, por exemplo, se estiver em uma zona livre de impostos.

No entanto, como ‘nem tudo são flores’, há regras que o viajante deve cumprir, a exemplo de número limitado de determinados itens, como garrafas de vinho – o que normalmente depende do país em que estiver e da companhia aérea –, ou produtos que sequer podem embarcar, caso de queijos e doces de leite.

Para que o momento de alegria e descanso não se transforme em uma dor de cabeça daquelas, o gerente de de marketing da Allianz Travel, braço da Allianz Seguros no ramo de viagens, Mário Rolim Almeida, alerta que o turista precisa estar ciente de todas as regras dos países de origem e destino, além de estar atento às declarações obrigatórias de alguns produtos.

“O valor também é um ponto de atenção. É necessário monitorar as compras para que não ultrapassem as cifras determinadas em cada país. No Brasil, por exemplo, a alfândega estabeleceu uma cota por pessoa de US$ 500 para viagens internacionais de navio e avião, ou US$ 300 por viagem internacional realizada por terra”, especifica Almeida.

Outro ponto a ser lembrado pelos passageiros são as regulamentações aplicáveis para alguns itens específicos. “Por mais que o viajante não exceda o valor máximo, existem determinadas regulamentações para tipos diferentes de produtos. Por exemplo, alimentos devem seguir as regras da vigilância sanitária dos países de embarque e desembarque e o viajante deve estar atento principalmente aos que são proibidos”, explica.

Já os eletrônicos contam com uma exceção no Brasil. “A regra permite ao passageiro trazer um celular, uma câmera e um relógio fora das cotas de US$ 500 ou US$ 300, desde que sejam para uso pessoal. Já a segunda unidade de cada um deles, além de outros equipamentos de mesa, como desktop e projetor, mesmo em unidade única, entram na cota”, alerta o porta-voz.

Ou seja, é preciso muito cuidado na hora de atender a pedidos de amigos para comprar esses objetos no Exterior.

Na bagagem, o turista também deve lembrar da proibição de produtos não industrializados oriundos de outros países. “Visando controlar pragas e doenças, não é permitido trazer carne in natura, leite, mel, própolis, mudas, sementes e outros produtos de origem animal ou vegetal, sendo estritamente proibido, mesmo se o passageiro estiver dentro da cota.”

Mesmo as famosas lembrancinhas, como chaveiros e imãs, além produtos cosméticos, têm suas restrições nas alfândegas brasileiras: “os pequenos presentes, que sempre caem bem para todos, devem ter valor inferior a US$ 10 cada e são limitados a 20 unidades. Já os cosméticos e produtos de beleza têm, como limite, 15 unidades”, pontua Almeida.

PESO EM EXCESSO
O viajante também precisa se atentar para não colocar peso além do permitido pela companhia aérea e pagar valor – geralmente salgado – pelo excesso de bagagem. Ainda mais que, depois que foi regulamentada a cobrança das malas fora do preço da passagem, muitas empresas reduziram a franquia, e se antes era permitido carregar duas malas de até 32 quilos, em alguns casos esse limite sem cobrança adicional passou para uma bagagem de 23 quilos.

Por isso, gastar um tempo para pensar nas roupas que levar antes de embarcar pode ajudar a sobrar espaço na mala na volta da viagem. Estabelecer combinações prévias de roupas evita preocupações diárias e economiza tempo. “Certificar-se que o hotel dispõe de serviço de lavanderia pode ajudar em caso de uma viagem mais longa. Assim, é possível levar poucas peças e usá-las mais de uma vez”, orienta a gerente comercial do Marriott São Paulo Airport, Aline Rubbo.

O ideal também é optar por sapatos ‘coringas’, que combinam com todas (ou a maioria) das peças escolhidas. Outra dica importante é verificar a previsão do tempo do destino: assim, é possível ser mais assertivo na escolha dos itens. “Fazer um checklist também é sempre bem-vindo, pois ajuda na organização e evita esquecimentos”, diz Aline. 




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