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Valdebran diz que não negociou diretamente dossiê contra tucanos
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
21/11/2006 | 14:15
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O ex-militante do PT Valdebran Padilha negou à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Sanguessugas participação direta na negociação do dossiê que envolveria candidatos tucanos com as fraudes da compra superfaturada de ambulâncias. Ele disse que foi procurado pelo empresário Luiz Antonio Vedoin, acusado de ser o fornecedor do dossiê, apenas para verificar se o dinheiro para pagar os documentos existia, mas não tratou de negociação.

“Não negociei valores, não negociei informações, não tinha participação em arrecadação nem em transporte de recursos”, disse. Segundo ele, o acompanhamento que Vedoin lhe pediu para fazer era para certificar-se da existência do dinheiro.

“A questão era sempre uma, havia desconfiança de ambas as partes. Se um tinha a informação e se o outro ia pagar. Depois, viu-se que não havia nem tanta informação, nem tanto dinheiro quanto se prometeu (foram prometidos R$ 2 milhões, mas só havia R$ 1,780 milhão para pagar os documento)”.

Padilha também negou a informação de Jorge Lorenzetti, que em depoimento à Polícia Federal disse ter sido procurado pelo ex-militante para falar sobre o dossiê. “Nunca liguei para o comitê do PT, nem conheci Jorge Lorenzetti. Conversei uma vez com ele pelo telefone do Gedimar (Passos). Sou um simples filiado do partido no Estado do Mato Grosso”.

O PT do Mato Grosso expulsou Valdebran Padilha, mas ele afirmou que vai recorrer da decisão. “Foi uma decisão sem defesa”.

Vandebran, juntamente com Gedimar Pereira Passos, que também tem depoimento marcado para esta terça, foi preso no dia 15 de setembro, com R$ 1,7 milhão supostamente destinado à compra dos documentos 'anti-tucanos'.

Além deles, Jorge Lorenzetti , analista de mídia e risco da campanha de Lula e churrasqueiro particular do presidente, também deve prestar esclarecimentos à comissão que foi criada para investigar, inicialmente, a compra superfaturada de ambulâncias com dinheiro público.

Convocações – Antes do depoimento, a CPMI aprovou os requerimentos de convocação do empresário Abel Pereira e de Hamilton Lacerda, ex-coordenador de Comunicação da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao governo de São Paulo. De acordo com o presidente da CPMI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), o depoimento de Lacerda poderá ocorrer na quinta-feira.



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