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Filme 'Samsara', da Índia, é opção em São Paulo
Por Cássio Gomes Neves
Do Diário do Grande ABC
01/02/2003 | 16:32
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Potência cinematográfica, embora falte melhor mercado externo, a Índia tem uma produção destacada da industrial Bollywood que, vez ou outra, desponta em festivais – o mais fresco dos exemplos, de 2001, é Um Casamento à Indiana, comédia de Mira Nair que levou o Leão de Ouro em Veneza. É da terra de Satyajit Ray que vem Samsara (2001), uma das estréias da semana, exibida em São Paulo.

Pan Nalin se serve da mediação entre o primitivo, o instinto primal (o sexo), e o elaborado, o jogo de complexidades criado pelo homem para entender e/ou justificar seu lugar no mundo (a religião). O diretor e roteirista recorre a um argumento no qual um monge troca a meditação pela consumação da paixão.

Tashi (Shawn Ku) freqüenta um monastério desde os 5 anos. Almeja tanto a estabilidade espiritual que aceita ficar recolhido em meditação durante três anos. Cumprido o período, frades veteranos o resgatam e o submetem a repouso, durante o qual Tashi percebe um crescente desejo sexual. Logo contesta sua fé e decide abandonar a reclusão quando conhece Pema, mulher de uma vila vizinha ao monastério. O fiador de sua vida, antes o celibato, é agora o tino para tocar a tragédia do sustento familiar, a opressão exercida pelos oprimidos.




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