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Flotação do Pinheiros entrará em teste
Por Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
10/04/2007 | 07:13
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O processo de flotação do rio Pinheiros entrará em fase de testes em junho. Serão seis meses de provas para se ter certeza de que a água bombeada para a represa Billings esteja limpa. Se aprovado, a flotação, que se arrasta desde 2002, pode transformar a Billings numa represa multiuso.

A água despejada no manancial será tratada e assumirá três utilidades: abastecimento público, aumento na capacidade de produção de energia da usina Henry Borden, em Cubatão, e contenção de enchentes na Capital, em dias de risco.

A flotação é uma técnica de despoluição que consiste em aglutinar a sujeira em suspensão em forma de flocos, que depois são removidos da superfície, deixando a água limpa. A Secretaria Estadual de Saneamento e Energia considera a proposta de múltiplos usos como uma tendência para todos os mananciais.

“Se o resultado for positivo, o processo de reversão do Pinheiros para a Billings será novamente cogitado”, explicou o secretário-adjunto da Pasta, Ricardo Toledo Silva. De acordo com Silva, o fato de a represa ser usada para abastecimento não impede que produza uma reserva elétrica importante para o Estado, referindo-se à Henry Borden, que tem sua capacidade de produção de energia elétrica subaproveitada por falta de água. “Temos de buscar soluções tecnológicas para todas as finalidades, que são igualmente estratégicas. A Billings ganhará em quantidade e qualidade de água”, diz.

O Estado não fornece prazos para o início do bombeamento. Estima que seja no início de 2008. O anúncio de datas já foi feito pelo governo em outras ocasiões, sem êxito. O Ministério Público sempre conseguiu barrar o despejo da água. A Promotoria exige que seja confirmada a despoluição da água antes de ser jogada no reservatório.

“Antes que se aplique o bombeamento, será preciso fazer um monitoramento preciso da qualidade da água, após passar pelo trabalho da flotação. Já está provado que a maior parte da poluição da represa é resultado da reversão (do Pinheiros) feita em dias de chuva. É claro que nessas ocasiões o esgoto é diluído na água, mas colabora para a atual situação da represa”, afirma o deputado estadual Mario Reali (PT).



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