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Aterro sanitário será reaberto na quarta-feira
Renan Fonseca
Do Diário do Grande ABC
12/11/2010 | 07:22
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Aterro de Santo André volta a receber resíduos do município a partir de quarta-feira. A data foi marcada pelo prefeito Aidan Ravin (PTB) ontem, quando foi anunciado aval da Cetesb (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo) para ampliação do depósito de lixo. Por seis meses o equipamento permaneceu interditado. O prejuízo ao longo do período foi de R$ 9 milhões - com a quantia, seis creches poderiam ser construídas, segundo Aidan.

Antes de retomar os trabalhos, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) tem de protocolar a última parte da documentação exigida pela companhia estadual. O superintendente da autarquia, Ângelo Pavin, disse que estudo geológico sobre o terreno de expansão chega hoje às mãos dos técnicos da Cetesb. "A partir da próxima semana voltamos a utilizar o aterro", garantiu o prefeito.

A verba usada para bancar o prejuízo ao longo dos seis meses provém do fundo de R$ 20 milhões do orçamento municipal. "Assim que assumimos a Prefeitura, criamos a reserva prevendo a negativa da ampliação", explicou Aidan. "A administração passada deveria ter investido, evitando o prejuízo recente", apontou o prefeito.

 

INTERDIÇÃO

Em maio, fiscais flagraram operações irregulares nos processos de depósito e empilhamento do lixo. A Cetesb barrou as operações no equipamento. Desde então, a empresa responsável pela coleta, Peralta Ambiental, encaminhou diariamente lixo para três aterros licenciados: Lara (Mauá), Essencis Soluções Ambientais (Caieiras) e CDR Pedreira (Capital).

 

USINA

Em fevereiro será publicado edital que seleciona empresa para parceria público- privada com Semasa na construção de usina de eliminação de lixo. A idéia surgiu em 2009. A tecnologia escolhida transformaria os resíduos em energia através da queima. "Mas a legislação municipal não permite a construção de empreendimentos para incineração", informou o superintendente/CW.

O gestor anunciou que o edital público terá abrangência mundial na contratação de soluções na transformação do lixo. Recentemente, Pavin visitou iniciativas na Irlanda, Letônia e Inglaterra, mas não especificou as experiências que conheceu. Apesar de a concorrência ser pública, o superintendente manteve reservas sobre a tecnologia que melhor se adequa à situação do município.

Além disso, até mesmo o tamanho da área utilizada pela usina proposta está definido. Pavin afirmou que o equipamento vai consumir 20 mil metros quadrados e outra área do aterro, com aproximadamente 50 mil metros quadrados.

 

 

Cetesb ainda quer informações sobre impermeabilização

 

Além do estudo geológico citado pelo superintendente do Semasa, documentos sobre impermeabilização do solo e estabilidade das pilhas de lixo estão pendentes na autarquia. De acordo com a Cetesb, a proposta de desinterdição do empreendimento depende da documentação. "O material está pronto, faltando apenas protocolá-lo na Cetesb", garantiu o superintendente do Semasa, Ângelo Pavin.

O Semasa aguarda ainda a liberação de área com 40 mil metros quadrados. O terreno, que hoje comporta prédios administrativos do aterro, suporta mais 14 anos de depósitos. A estimativa de Aidan é que, com a usina de eliminação, a durabilidade da área passe para 100 anos. O prefeito confia que a liberação do local aconteça durante os 120 dias de operação sobre os 6.000 metros quadrados - RF

 

 

 




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