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Região terá 1ª oficina de mobiliário adaptado em PVC
Leone Farias
do Diário do Grande ABC
21/11/2010 | 07:01
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Uma parceria entre a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, o Instituto do PVC, a Solvay Indupa e a Faculdade de Medicina do ABC deve facilitar o acesso da população de baixa renda a equipamentos destinados a garantir a acessibilidade e a reabilitação de pessoas com disfunções motoras.
As entidades participantes lançam amanhã, dia 22, a 1ª Oficina de Mobiliários Adaptados em PVC no Estado de São Paulo.
A atividade, que será gratuita, vai atender inicialmente pessoas cadastradas nas prefeituras. Isso até que o espaço se torne referência e passe a ser procurado diretamente por interessados nesses serviços. Levantamento feito pelas prefeituras aponta uma demanda reprimida de 5.000 equipamentos para quem apresenta algum tipo de deficiência.
A oficina será no laboratório da disciplina de tecnologia assistiva do curso de TO (Terapia Ocupacional) da Faculdade de Medicina. O trabalho de produzir os itens (por exemplo, andadores, cadeirinha para banho e mesa escolar) sob medida ficará, nessa etapa inicial, com os alunos de TO. Com isso, estes terão a oportunidade de fazer estágio e adquirir experiência prática, também para avaliar os pacientes, segundo a coordenadora da oficina, a professora Marjorie Masuchi.
O projeto, pioneiro no Estado, originou-se de uma experiência desenvolvida em 2006 na Universidade Dom Bosco, em Campo Grande (MT) pela terapeuta ocupacional Grace Gasparini, que passou a desenvolver mobiliários adaptados em PVC em substituição a equipamentos tradicionais em madeira - normalmente de alto custo e muitas vezes importados. Em 2007, com a parceria do Instituto do PVC e a ACE (Associação Catarinense de Ensino), a iniciativa chegou a Joinville na forma de um workshop.
A Solvay, que tem fábrica em Santo André, conheceu a ação e se interessou em trazê-la para o Grande ABC. Segundo o coordenador de Relações Institucionais da Agência de Desenvolvimento, Luís Augusto Gonçalves, há tempos havia conversas entre a petroquímica e o Consórcio Intermunicipal. "O Kiko (o prefeito Adler Kiko Teixeira, de Rio Grande da Serra), quando veio para a Agência, quis tocar o projeto", afirmou.
A companhia arcou com R$ 35 mil para levar alunos e professores da região para treinamento em Joinville e para a reforma de instalações da Faculdade de Medicina do ABC.
O presidente do Instituto do PVC, Miguel Bahiense, destacou a importância desse programa, que tem forte apelo social. Ele acrescentou que a matéria-prima traz diversas vantagens em relação aos de mercado, sobretudo a economia. Ele diz que, com R$ 2.500, que daria para comprar um equipamento tradicional, dá para ter mais de 15 itens.




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