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Visita de Avamileno não sensibiliza vereadores
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
21/04/2007 | 07:06
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A intenção do prefeito de Santo André, João Avamileno (PT), em comparecer ao Legislativo para tentar destravar projetos parados na pauta por falta de votos não sensibilizou os vereadores, especialmente os de oposição. Eles não acreditam que provável visita do chefe do Executivo à Casa resolverá o problema.

Ex-presidente da Câmara, Luiz Zacarias (PR) avalia que a atitude de Avamileno não garantirá aprovação de projetos. “A não ser que ele atenda a algumas mudanças e emendas propostas por nós, as votações independem dessa visita. O que acontece hoje é que não concordamos com alguns projetos”, explica.

“Não entendo essa estratégia do prefeito. Ele fará um apelo à Câmara?”, questiona Paulinho Serra (PSDB). Segundo o tucano, o petista pode, no máximo, “sensibilizar um ou outro vereador da bancada de sustentação”. “No mais, não vejo como ele pode interferir”, acrescenta.

Mais radical, Carlos Raposo (PV) ignora a disposição de Avamileno em conversar com os vereadores. “Pode vir Jesus Cristo aqui. Se o projeto não for bom, não vamos votar. Acima do prefeito está o bom senso da Câmara, O que ele tem de fazer é tratar a oposição com mais seriedade”, defende.

Na opinião de Aidan Ravin (PTB), o chefe do Executivo não pode reclamar da bancada de oposição. “Não estamos barrando projetos, e sim questionando. É a função para a qual fomos eleitos. Será um prazer recebê-lo aqui na Casa, até para termos um retorno do que está acontecendo. Mas, em hipótese alguma isso é garantia de aprovação de projetos”, ressalta o petebista.

Até mesmo vereadores da bancada aliada não aprovaram a possibilidade de Avamileno comparecer à Câmara. Caso de Donizeti Pereira (PV). Para o verde, o prefeito irá se expor negativamente ao tomar tal atitude. “Ele estará demonstrando fragilidade das forças políticas que o representam aqui. Esse impasse deve ser resolvido internamente. Se essa articulação política tiver de ser feita pelo prefeito significa que seus líderes não estão trabalhando a contento. Acredito que ele não precisa se dar a esse papel, pois poderá piorar a situação”, avalia.

Avamileno não esconde que desde 2002, quando assumiu a Prefeitura, este é o ano mais difícil do ponto de vista da relação com os parlamentares.




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