A beira do caos econômico com um índice de desemprego próximo dos 40% da populaçao ativa e com uma impressionante queda de suas exportaçoes, a Macedônia espera ser devidamente "recompensada" pelos esforços que fez para receber mais 175 mil refugiados albaneses de Kosovo e pela ajuda logística que deu às forças da Otan instaladas em seu território.

A Macedônia espera uma ajuda econômica substancial da Uniao Européia e das instituiçoes internacionais, assim como concessoes políticas para que seja acelerada a aceitaçao de sua candidatura à UE e à Organizaçao do Tratado do Atlântico Norte.

De volta de Luxemburgo, onde participou esta semana em uma reuniao com representantes da UE, o primeiro-ministro macedônio Luco Georgievski destacou os resultados "extremamente positivos" para a Macedônia e também a decisao européia de pensar nos acordos de associaçao da UE com Macedônia e Albânia. Georgievski avaliou esta quinta-feira em 200 milhoes de dólares o montante das ajudas que serao injetadas pelos países ocdentais na economia macedônia um mês depois do fim do conflito.

As autoridades macedônias expressaram sua gratidao pela ajuda já recebida. "Como diz um velho ditado, `a cavalo dado nao se olham os dentes'", explicou o ministro da Informaçao, Redzep Zllatku, mas a ajuda necessária para que a Macedônia volte a se desenvolver "é enorme", precisou depois.

Para Ljubomir Frckovski, professor de direito internacional, a Macedônia tem de superar os desafios se quiser sair vencedora no conflito: controlar a recepçao do enorme fluxo de refugiados albaneses expulsos de Kosovo e o controle das atividades em seu tertório do Exército de Libertaçao de Kosovo (UCK).

"Se conseguirmos, a Macedônia ficará entao em uma posiçao muito favorável para tirar alguns benefícios desta guerra", disse Frckovski, que durante seis anos foi ministro de Relaçoes Exteriores e do Interior.