Economia Titulo Balanço
Indústria da região
perde 1.650 vagas

Redução dos postos no Grande ABC aconteceu em
áreas de autopeças e produtos químicos, entre outras

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
13/12/2013 | 07:00
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Divulgação


 O nível de emprego na indústria do Grande ABC registrou em novembro retração pelo quinto mês seguido, aponta levantamento do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) junto às empresas associadas a essa entidade na região. Foram perdidos 1.650 postos de trabalho no mês passado (queda de 0,73% em relação a outubro), o que ocorreu sobretudo por demissões em indústrias de autopeças e outras metalúrgicas, produtoras de itens químicos e fabricantes de artigos de borracha e plástico. Com mais esse recuo, neste ano, a região já acumula redução de 5.650 vagas no segmento.

O vice-diretor da regional do Ciesp de São Bernardo Mauro Miaguti relata a preocupação do setor industrial. “A reclamação é geral. A economia está parada e as pessoas (os consumidores) estão com grau de endividamento elevado e se mostram mais preocupadas em não gastar. Para piorar, o governo, em vez de incentivar o consumo, está elevando os juros”, afirma.

Além do consumo estagnado – dados da FecomercioSP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) mostram que o varejo terá queda de 0,4% nas vendas no Grande ABC neste ano –, a importação tem tirado o lugar de produtos fabricados no País, mesmo com a melhora da taxa cambial (a valorização do dólar), apontam representantes do segmento. Algumas indústrias de autopeças, por exemplo, demitiram por perderem contratos com montadoras, relata o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Firmino, o Martinha.

NO ESTADO - A indústria paulista demitiu 12,5 mil funcionários em novembro, número expressivo, porém esperado para a época do ano, de acordo com estudo da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Ciesp. As entidades projetam perda de ao menos 20 mil empregos para o setor no fim do ano.

“Chegamos a ter previsão de crescimento de algo de 15 mil empregos positivos; hoje nossa previsão se alterou para número negativo”, afirmou Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da Fiesp e do Ciesp.




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