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Beneficiários do Minha Casa em Sto.André ainda esperam chaves

Liberação dos 220 apartamentos do Conjunto Londrina esbarra em questões burocráticas

Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
15/10/2013 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Houve mais um atraso na entrega das moradias populares financiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, que foram construídas na Vila Linda, em Santo André. Em julho, Prefeitura e Caixa Econômica Federal prometeram a entrega das chaves dos 220 apartamentos do Conjunto Londrina para setembro, o que não ocorreu.

Inicialmente, os imóveis estavam previstos para serem liberados em novembro de 2011, junto com outras 132 unidades do Conjunto Juquiá, localizadas no mesmo terreno do Londrina, e que foram entregues em abril, com atraso de quase um ano e meio. A equipe do Diário esteve no local ontem e constatou que os prédios estão prontos. Faltam apenas as ligações elétrica e de gás encanado para que os apartamentos sejam habitados.</CW>

A Prefeitura informou que algumas famílias tiveram dificuldade em encaminhar os documentos necessários para análise da Caixa Econômica Federal, que financia o programa, e isso atrasou a entrega das chaves.

De acordo com a administração municipal, levando em consideração todos os procedimentos preliminares que faltam (análise de documentação pela Caixa, assinatura de todas as cláusulas do contrato e constituição de condomínio) a liberação das unidades está prevista para novembro. Nos 132 apartamentos do Juquiá, todo esse trâmite citado levou cerca de seis meses para ser finalizado.

A Prefeitura informou ainda que atualmente está sendo realizado o processo de escolha das unidades por parte dos moradores. Das 220 famílias selecionadas, 140 já escolheram os apartamentos. As 80 restantes estão agendadas para realizar o procedimento na sexta-feira.

Enquanto a situação não é resolvida, os moradores dos núcleos Homero Thon e Pedro Américo, que serão beneficiados com as moradias, aguardam em situação precária. É o caso da dona de casa Elza Galinucci, 76 anos, que era para ter se mudado para o Conjunto Juquiá em abril, mas por conta de problemas na documentação foi obrigada a continuar vivendo à beira do Córrego Cassaquera, em meio ao entulho das vizinhas que foram desocupadas e demolidas.

“Não vejo a hora de sair daqui. Hoje vivo no meio da sujeira, com muitos ratos, baratas e moscas, porque todo mundo joga lixo aqui depois que derrubaram as casas. Tenho de ficar o dia todo com a janela fechada para não entrar bicho. Foi um desaforo deixar a gente aqui. O jeito é esperar e entregar na mão de Deus”, reclamou Elza.

A Prefeitura informou que o entulho ficará provisoriamente depositado nos locais de origem para evitar outras ocupações até a possibilidade de remoção total do material. Após totalmente desocupada, a área receberá obras de urbanização, que estão previstas para serem finalizadas no fim de 2014.

Com obras iniciadas em novembro de 2010, a construção das 352 unidades dos conjuntos Juquiá e Londrina envolve recursos de aproximadamente R$ 24 milhões. São R$ 17,6 milhões da União e R$ 6,4 milhões de contrapartida municipal. As 132 moradias do Conjunto Juquiá foram as primeiras a serem entregues pelo Minha Casa, Minha Vida no Grande ABC para famílias de baixa renda. Em agosto, foi definido pelo governo federal que os beneficiados pelo programa devem ter renda de até R$ 3.100, e não mais R$ 1.600, como havia sido definido inicialmente.

Os apartamentos possuem área de 42 metros quadrados, dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro.




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