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Prefeito Lauro Michels garante Paço no comando da Saned

Mesmo com criação de empresa mista, governo controlará ações de saneamento

Por Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
06/03/2013 | 07:00
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O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), garantiu que a administração municipal não abre mão do controle da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) nas negociações com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), caso seja criada uma empresa mista. O verde projetou que o imbróglio envolvendo o município e a autarquia estadual deve ter desfecho neste ano.

Em entrevista ao Programa Opinião, do DGABC TV, que estará ao ar na terça-feira, a partir das 9h (www.dgabc.com.br/tv), Lauro revelou que teve uma reunião com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o chefe da Casa Civil, Edson Aparecido (PSDB), para tratar do tema. O verde disse que o Paço não é contra a criação da Caed, empresa de gestão compartilhada entre Prefeitura e Sabesp, mas que Diadema deve ser sócia majoritária.

"Quero a maior parte de cotas na fusão e Diadema terá de ter 51%. Tenho compromisso com os funcionários da Saned. O governador se colocou propenso a ajudar a cidade. Neste ano deveremos dar um rumo para autarquia", discorreu.

A Prefeitura de Diadema teme que o passivo com a autarquia estadual alcance a casa de R$ 1 bilhão. O secretário de Finanças e Planejamento, Francisco José da Rocha, afirmou que R$ 450 milhões já foram executados pela Sabesp.

O débito vem do rompimento unilateral do município com o Estado, em 1995. A cobrança somente não ocorreu devido a efeito suspensivo obtido na Justiça.

De acordo com Lauro, outro fator que pode postergar uma definição da novela Saned passa pela Procuradoria Geral do Estado, que rejeitou os termos da Caed, levando o projeto em conjunto com a Sabesp à estaca zero.

Apesar das negociações da criação de uma empresa mista, Lauro ainda tenta convencer o Estado a manter a Saned com controle total do Paço. O prefeito alega que a autarquia é lucrativa, gerando aproximadamente R$ 140 milhões anuais, o que poderia fazer com que Diadema pague as parcelas do passivo com o Estado. Na próxima semana, o prefeito terá outro encontro com a presidente da Sabesp, Dilma Pena.

 

Mais uma indefinição

Outra bandeira levantada junto ao governo do Estado, muito abordada por Lauro durante a campanha eleitoral, ainda espera definição. A manutenção da gratuidade nos terminais Diadema e Piraporinha ainda segue em discussão no Palácio dos Bandeirantes e também foi tema de assunto do prefeito com Alckmin.

"Disse a ele que o tema foi meu compromisso de campanha. A população de Diadema é pobre e depende do transporte coletivo. Estamos achando uma medida, como subsidiar (a integração) uma parte do município e outra com Estado. Mas teremos ainda de conversar", discorreu.

Até o desfecho de mais esse imbróglio, Lauro tem a garantia de Alckmin que a integração não será cobrada até que o governo estadual termine estudos sobre a operação das linhas administradas pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos).




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