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Prato feito sobe mais que a inflação no Grande ABC
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
05/11/2010 | 06:50
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A maioria dos produtos que compõem o CF50prato feito/CF dos restaurantes subiu mais que a inflação da região. E quem sofre com a alta são as famílias de menor renda, tendo em vista que boa parte de seus orçamentos é direcionada para a comida.

A variação média dos preços às famílias do Grande ABC foi positiva em 5,32%, entre o primeiro dia de novembro de 2009 e o último dia de outubro. Os dados são do IPC-USCS/ABC (Índice de Preços ao Consumidor da região da Universidade Municipal de São Caetano do Sul).

Conforme o assistente de coordenação do indicador, Lúcio Flávio Dantas, no mesmo período de um ano, apenas o arroz branco (-1,93%), alface (-4,99%) e o tomate (-17,96%) deflacionaram.

Por sua vez, o preço do feijão subiu 53,27%. Acompanharam o movimento a alcatra (17,77%) e o contra-filé (14,82%), muito utilizados com mistura do prato feito. Os cortes substitutos e mais baratos também elevaram. O valor do coxão mole expandiu 17,9% e do acém 12,15%./CW
Quem trocou a carne vermelha pela branca não se safou de alta superior à inflação. O corte de frango encareceu 8,71% em 12 meses. O ovo foi a mistura de menor elevação, com 3,51%./CW

A região refletiu encarecimento nacional. Conforme levantamento do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), a alta média dos ingredientes do prato feito, no mesmo período, foi de 8,38%, contra inflação de 5,14%.
PREVISÃO
Dantas disse que o consumidor não deve esperar queda nos preços. "Nos próximos meses continuará subindo ou vai se manter neste ponto." Ele explica que o feijão, por exemplo, passa por problema de oferta, o que encarece os preços. O economista do Ibre/FGV André Braz contou que os produtores do grão enfrentaram mais chuvas do que o previsto, o que prejudicou a safra.
O abate das matrizes e período de seca, que encarece as rações, nortearam o reajuste das carnes, pontuou Dantas.


FORA DE CASA
No mês passado, o custo da alimentação fora do domicílio subiu mais que a inflação, com alta de 1,10%, contra 0,90% do IPC-USCS/ABC. Em junho, o aumento foi de 0,92%. O resultado foi menor do que a média da Grande São Paulo, cuja elevação atingiu 1,03%




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