Uma das atrações da edição 2010 do Salão de Detroit, que estará aberto ao público até domingo, demonstra que os norte-americanos estão mesmo de olho em alternativas. Um espaço na área de exposições do Cobo Center, chamado de Avenida Elétrica, foi destinado a mostrar modelos movidos a eletricidade.
Muito diferentes dos carros vistos nas ruas de Detroit, os elétricos apresentados são pequenos, sem glamour no design, e vários deles demonstram vocação para o trabalho.
Enquanto alguns dos modelos mostrados ainda são conceitos, outros deverão entrar em produção neste ano, incluindo o e6 da chinesa BYD.
A sul-coreana CT&T United apresentou minicarros que já estão nas ruas da Califórnia, Estado norte-americano onde as leis de emissões são muito rigorosas.
A japonesa Nissan levou seu carro elétrico Leaf, apresentado em agosto do ano passado. O automóvel, que será fabricado no Japão a partir do segundo semestre e será comercializado inicialmente nos mercados japonês e norte-americano. O Leaf usa baterias de íon-lítio e oferece autonomia de até 160 quilômetros.
VOLT - Apesar de não estar na Avenida Elétrica, o Volt foi um dos modelos em destaque na apresentação da Chevrolet. Segundo o presidente de operações internacionais da General Motors, Tim Lee, cujo escritório fica na China, o modelo é viável comercialmente desde o primeiro dia. "Como tem tecnologia complexa, a decisão da empresa é de que, nos primeiros seis meses, vamos limitar a produção (que começa em outubro) para servir bem os clientes. Mas a expectativa de vendas é de 40 mil a 60 mil unidades por ano", calculou. O elétrico estará disponível para a rede de concessionários nos EUA a partir de novembro. Segundo o presidente da General Motors do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, o Volt custará entre US$ 35 mil e US$ 40 mil no mercado norte-americano.
Para o vice-presidente de desenvolvimento de produto da GM, Bob Lutz, é preciso equilibrar a onda de elétricos com a demanda real. "As notícias que saem na mídia dão a impressão de que todos querem carros ecológicos, mas só 5% dos consumidores compram esses modelos."
Os bastidores do salão
Viajar para cobrir um salão internacional é sempre estimulante! Afinal, as novidades do mundo inteiro estão concentradas num único espaço de exposições.
Mas a tarefa não é fácil... São horas a bordo de um avião, pouquíssimo tempo de descanso e longas caminhadas para ver todas as atrações.
No caso de Detroit, um agravante é o frio: a temperatura chegou a - 14° C. Nesta viagem, também tivemos o inconveniente de chegar sem nossas malas. Mas felizmente elas foram entregues 12 horas depois!
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