A Caixa (Caixa Econômica Federal) destinou para a região R$ 656 milhões em financiamentos imobiliários entre janeiro e 30 de outubro de 2009. O valor representa um aumento de 53,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o crédito foi de R$ 428,6 milhões. A superintendente regional da CEF, Marjori Soraia Lopes Lucas de Oliveira, informou por meio de nota que o banco pretende investir, até o final do ano, R$ 800 milhões no setor imobiliário do Grande ABC.

O recurso gerou a aquisição de 12.049 imóveis novos e usados. A CEF quantifica que 48.862 pessoas foram beneficiadas. Na nota, Marjori assegura que até o fim de 2009, cerca de 60 mil pessoas serão favorecidas. Ela acredita que o banco federal terminará o ano com 15 mil moradias financiadas na região.

Todos os empréstimos são compostos pelos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

A maioria do crédito imobiliário para a região, R$ 394 milhões, é proveniente do SBPE. O montante cresceu 104% em relação ao liberado no mesmo período de 2008, cerca de R$ 193 milhões.

Em relação aos recursos do FGTS, R$ 262 milhões, cerca de 90% do valor foi destinado ao programa federal Minha Casa, Minha Vida. "Dentro do programa, grande parte das unidades são para famílias com renda acima de cinco salários mínimos", afirma Leomar Antonuci, gerente regional de negócios para Construção Civil da CEF.

Antonuci afirma que os financiamentos da CEF são mais procurados pela população de menor renda. "É quase como cultura da Caixa financiar imóveis de até R$ 130 mil", completa. Ele diz que a busca por crédito para a aquisição da casa própria é forte até a segunda quinzena de dezembro.

MAUÁ - O gerente regional da CEF vê em Mauá grande potencial para financiamentos habitacionais, principalmente entre este mês e o primeiro semestre de 2010. "A CEF deve financiar cerca de 1.500 unidades na cidade", diz Antonuci.

Comércio de material de construção vende 3% mais

Em outubro, as vendas de materiais para construção registraram alta de 3% no País em relação ao mesmo mês do ano passado. O dado é da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), entidade que representa as 138 mil lojas do segmento no Brasil.

Entre outubro e setembro de 2009, também registrou-se alta de 3% no volume de negócios. No acumulado do ano o movimento do setor cresceu 4%.

A Anamaco mantém expectativa de crescimento de 6,5% para o ano de 2009, em relação aos números do ano passado, quando o setor bateu recorde de faturamento (R$ 43,23 bilhões). "Para 2010 projetamos aumento de 10% sobre 2009", diz Cláudio Conz, presidente da entidade.

Setores de cerâmica e acabamentos em geral, incluindo tintas, colaboraram para o aumento das vendas no mês e foram responsáveis por 8% da alta, o que indica retomada de obras. "As pessoas já começaram a preparar a casa para as festas de fim de ano. Elas querem receber a família com a parede pintada, a casa bonita. Quem vai viajar e tem casa na praia ou sítio, também quer deixar tudo em ordem para curtir as férias, então é natural que as vendas aumentem nesta época do ano", explica Conz.

Segundo ele, a primeira parcela do 13º salário também aquece este momento de compras. "As próprias lojas já sabem desse aumento de movimento, então fazem promoções, tentam atrair o consumidor. Depois da primeira quinzena de dezembro já entra o período de férias escolares e criança em casa não combina com reforma, por isso o momento de reformar é agora", completa.

Ainda de acordo com o presidente da Anamaco, o volume de vendas deve crescer em torno de 20% até o final do ano. "A dica é que o consumidor pesquise preços, pois certamente há muitas promoções em destaque neste mês. Além disso, a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) ainda está em vigor para os materiais de construção até o dia 31 de dezembro", afirma. (Por Michele Loureiro)