Os cerca de 340 trabalhadores da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) não aceitaram o reajuste salarial proposto pela empresa, de 6,05%. Caso o valor não seja revisto, os funcionários prometem greve a partir do dia 1º de junho - data em que acontece nova assembleia.

Segundo Roberto Alves Silveira, diretor do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), a intenção é esgotar as negociações. "Vamos tentar evitar a greve ao máximo, porém se um aumento maior - de 15% - não for acordado, vamos paralisar as atividades", explicou.

O diretor destaca que anualmente os funcionários recebem reajustes salariais, porém nenhum aumento representa ganho real. "Os valores apenas repõem a inflação, mas os trabalhadores não conseguem ver o salário subir realmente", destacou Silveira.

Outra reivindicação dos funcionários é o plano de carreira proposto pela empresa. "Sempre há promessas, mas nada avança e os trabalhadores se sentem desmotivados sem perspectivas de crescimento na empresa", afirmou o diretor.

HISTÓRICO - Em junho de 2008, os trabalhadores da Saned ficaram dois dias em greve. O motivo também foi o reajuste salarial.

Na ocasião, a reivindicação era de 7% de aumento nos salários, além de correção inflacionária de 4,69%, segundo o ICV (Índice de Custo de Vida) do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

"Conseguimos apenas 5,03% no ano passado, por isso, esse ano vamos lutar por um aumento digno", prometeu Silveira.

Procurada pelo Diário, a Saned não foi encontrada para tratar do assunto.