Política Titulo Eleição
Palocci pode disputar governo de SP pelo PT
06/04/2009 | 07:02
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Setores do PT empenhados em articular o nome do ex-ministro Antonio Palocci ao governo paulista em 2010 começaram a pôr em prática uma campanha para que ele admita o interesse em disputar e dê o sinal verde para os preparativos da corrida eleitoral.

Preocupados em garantir seu próprio espaço nas negociações, petistas que endossam Palocci querem convencê-lo a ignorar o caso que corre contra ele no STF (Supremo Tribunal Federal), pela quebra de sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa.

O clima de ansiedade deve-se à avaliação de que, se o Supremo demorar demais a julgar o caso, aumenta o risco de perder espaço para outros interessados em disputar o Palácio dos Bandeirantes. O maior temor, entretanto, é de que o ex-ministro simplesmente desista de concorrer.

Palocci foi apontado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como seu favorito para a vaga, em conversa com o senador Aloizio Mercadante (SP) a bordo do Aerolula. O ex-ministro da Fazenda tem sido cauteloso. Em conversas com dirigentes petistas, diz que prefere não "provocar" ministros do STF.

A ideia de firmar o quanto antes o nome de Palocci vem ganhando força, por exemplo, em setores da corrente petista Novo Rumo para o PT, que reúne diversos parlamentares ligados à ex-ministra Marta Suplicy.

Palocci tornou-se a principal opção do time de Marta após a ex-ministra sair derrotada da eleição pela prefeitura paulistana. Preocupados em ter um candidato alinhado a seu grupo, martistas querem barrar o avanço de outros possíveis nomes, como o do ministro da Educação, Fernando Haddad.

"Palocci é o melhor nome. Não foi sequer aceita a denúncia contra ele. Não há nenhum motivo para ficar com essa expectativa", diz o deputado Carlos Zarattini (SP), que coordenou a campanha de Marta em São Paulo. "Temos que colocar a campanha na rua."

No fim de 2008, o STF chegou a incluir na pauta a análise da denúncia contra Palocci, mas adiou a votação. Na época, o presidente do tribunal, ministro Gilmar Mendes, chegou a dizer que decidiria sobre aceitação da denúncia até fevereiro. Os meses se passaram e o assunto continua fora da pauta.

"O ministro Palocci tem condições de ser um aglutinador. Se demorar muito, vamos perdendo terreno", observa o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP). Também membro da corrente, o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), desconversa sobre as intenções de Palocci de concorrer. "Sou amigo pessoal do Palocci e nunca o ouvi dizer que é pré-candidato."




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