Uma história estranha. Assim a atriz Mayara Magri definiu o começo de sua relação com o curta-metragem Sonho de Valsa, dos cineastas Beto Basant e Eduardo Scheck. “Tudo foi acontecendo sem planejamento”, relembra.

“Ele se apresentou, disse que tinha um filme e que era a minha cara”, conta Mayara. “Um tempo depois, recebi o roteiro, gostei e topei”. Com tudo combinado, a atriz partiu de sua confortável casa, no Pacaembu, na Capital paulista, para a Vila de Paranapiacaba.

“Foram só três dias de gravação, mas eu fui muito feliz enquanto estava lá”, explica. “Ainda estava muito triste com tudo o que havia acontecido”. Rossano falecera meses antes.

Sem medo de nada e crente no projeto, a atriz encarou chuva, neblina e muito frio para dar vida à personagem principal do curta, Stella: uma pianista solteira, administradora de um teatro e amante do sedutor Daniel, interpretado por Leopoldo Pacheco.

Mesmo sem conhecer o trabalho dos jovens cineastas, Mayara assume que se impressionou com a vontade de Scheck e Basant. “Quis fazer também porque vi a garra deles. É gente que faz com vontade mesmo, sabe?”

Por isso também, a atriz se prontificou em colaborar com a transformação do filme digital em película. “Curtas-metragens já não têm muito espaço aqui no Brasil. Eu percebi que podia batalhar junto com eles”, revela.

Leopoldo Pacheco - “Nós somos colegas de escola. Fizemos EAD (Escola de Artes Dramáticas) juntos, há muitos anos”, conta Leopoldo Pacheco, atualmente no ar em Beleza Pura, da Globo, e que deu vida ao outro protagonista da trama.

Dessa relação estudantil surgiu a amizade dele com Mayara Magri, o que a fez sugerir seu nome para compor o elenco de Sonho de Valsa.

Pacheco, que não conhecia a Vila de Paranapiacaba, ficou impressionado: “É um lugar muito especial e muito perto de São Paulo. É uma porta dimensional, parece um mundo fantástico”.